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2021-02-23 00:00:00.0

Assinado o contrato TMB-Iberdrola para a primeira usina de hidrogênio de uso público da Espanha

  • A instalação de hidrogênio da Zona Franca entrará em serviço em novembro para abastecer os primeiros oito ônibus com célula a combustível alimentado por hidrogênio que circularão em Barcelona

A TMB (Transports Metropolitans de Barcelona) e a Iberdrola assinaram hoje o contrato para o fornecimento de hidrogênio de origem renovável para a frota de ônibus urbanos de Barcelona através de uma instalação que também poderá prestar serviço a outras frotas de veículos elétricos, em consonância com o propósito de avançar para uma nova mobilidade com emissão zero de gases poluentes.

Por parte da TMB o contrato foi assinado pelo CEO da empresa, Gerardo Lertxundi, acompanhado do diretor da Rede de Ônibus, Jacobo Kalitovics, e do diretor da Área de Boa Governança e Assessoria Jurídica, Jaume García. Por parte da Iberdrola o contrato foi assinado por Millán García-Tola, diretor da Divisão H2 Verde, junto a Joaquín Lloret, diretor comercial na Catalunha, e Adolfo J. Rivera, responsável pelo Desenvolvimento de Negócios e Projetos H2 Verde.

Portanto, formaliza-se a parceria entre a TMB e a Iberdrola para a construção de uma instalação de hidrogênio na área industrial da Zona Franca, a qual será a primeira de caráter público na Espanha. A instalação começará a ser construída em breve em um terreno de 5.000 metros quadrados que foi alugado do Consórcio da Zona Franca. A partir de sua entrada em serviço, no próximo mês de novembro, será utilizada pelos ônibus da TMB dessa tecnologia, assim como por outras frotas e empresas da zona industrial que adotarão o hidrogênio como solução energética.

A instalação fornecerá hidrogênio de origem renovável, produzido por eletrólise, para a frota de ônibus e toda a demanda local adicional. Dessa forma, se dará início à criação de um hub de hidrogênio verde em uma das principais áreas industriais da Catalunha e da Espanha.


Os oito primeiros ônibus com célula a combustível

Os primeiros veículos a serem abastecidos na nova instalação serão os oito ônibus movidos a célula de hidrogênio de última geração adquiridos pela TMB no ano passado, que chegarão a Barcelona em novembro de 2021 com a previsão de que comecem a funcionar no início de 2022. O consumo estimado é de 160 quilos/dia, que aumentará em anos sucessivos à medida que forem acrescentados mais ônibus com essa tecnologia na frota, até chegar aos 60 previstos.

A adoção do hidrogênio por parte da TMB conta com o apoio do programa europeu JIVE 2 de promoção dos veículos com célula a combustível e emissão zero, cofinanciado pela União Europeia. O projeto é promovido com a colaboração da Autoridade do Transporte Metropolitano de Barcelona (ATM - Autoritat del Transport Metropolità).

A aposta no hidrogênio faz parte da opção estratégica da TMB pelas energias verdes. A presidente da Companhia, Rosa Alarcón, afirmou que se trata de um "projeto empolgante" que abrange a instalação de recarga e a compra dos veículos, e que está "em linha com o cumprimento dos objetivos de descarbonização do transporte urbano". "O futuro é o transporte público de emissão zero, para enfrentar com as três crises que vivemos, sanitária, econômica e ambiental", ressaltou.

Para Millán García-Tola, diretor global de Hidrogênio da Iberdrola, "este projeto pioneiro demonstrará a capacidade do hidrogênio verde para transformar a eletrificação do transporte urbano, promover a descarbonização de nossa economia e desenvolver cadeias industriais inovadoras e com um alto valor agregado em nosso país". "Com iniciativas como as que vamos desenvolver junto à TMB podemos converter a Catalunha e a Espanha em uma referência da economia do hidrogênio e extrair o máximo valor ao recurso renovável disponível em nosso país."

A Iberdrola aposta no hidrogênio verde como vetor de crescimento e descarbonização de segmentos como a indústria e o transporte urbano ou pesado. A empresa já realiza vários projetos na Espanha e no Reino Unido, o que permitirá desenvolver a cadeia de valor. Além disso, apresentou 53 projetos ao programa Next Generation EU, que ativariam investimentos de 2,5 bilhões para a instalação nos próximos anos de uma potência de mais de 1 GW de eletrolisadores e alcançar uma produção anual de 60.000 tn/ano.

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