Notícia

2020-09-03 00:00:00.0

Em sua exposição no Pleno Extraordinário da Câmara de Comércio da Espanha ‘Recuperação e reconstrução da economia espanhola: desafios e prioridades’

Galán: “É o momento de acelerar a transformação do tecido industrial, apostando na economia verde”

  • O presidente da Iberdrola ratifica a intenção da companhia de acelerar investimentos, assim como pede ambição para enfrentar os planos de reconstrução europeia e defende que é o momento de apostar na economia verde, devido ao seu impacto no crescimento, na criação de emprego, na competitividade e na saúde dos cidadãos. E acrescenta: “Tudo isso sem pressionar as contas públicas”
  • Galán confia nos pontos fortes da Espanha. “Nosso país conta com empresas inovadoras em setores do futuro, mas é necessário promover uma estrutura empresarial adequada, a fim de garantir que os investimentos e o emprego possam permanecer no país”
  • Em 2020, os investimentos da Iberdrola atingirão a cifra de 10 bilhões de euros, ou seja, o dobro do que foi investido nos últimos 5 anos. Nos últimos meses a Iberdrola adiantou os pedidos feitos aos fornecedores, que atingiram a cifra de 7 bilhões de euros, “para lhes proporcionar a visibilidade necessária neste momento e contribuir para a manutenção dos mais de 400.000 empregos criados em toda a cadeia de valor”

O presidente da Iberdrola, Ignacio Galán, em sua exposição na mesa redonda do Pleno Extraordinário da Câmara de Comércio da Espanha ‘Recuperação e reconstrução da economia espanhola: desafios e prioridades’, ressaltou que para enfrentar a crise provocada pela COVID-19 será preciso implementar planos de reconstrução “com uma magnitude sem precedentes”, e através deles “proporcionar uma recuperação mais rápida, sendo uma oportunidade para transformar nossa economia, tornando-a mais moderna, mais sólida, mais internacionalizada e mais competitiva”.

No ato, que contou com a presença da terceira vice-presidente do governo espanhol e ministra de Assuntos Econômicos e Transformação Digital, Nadia Calviño, Galán explicou que “o investimento na economia verde não tem relação apenas com a energia, uma vez que também oferece grandes vantagens estruturais devido ao seu caráter transversal”. Entre tais vantagens, destacou a melhoria da competitividade econômica, da balança de pagamentos, da redução das emissões e da poluição, assim como o importante efeito propulsor que provoca na indústria e na criação de emprego em diversas áreas, tais como no setor da construção, da fabricação de bens de capital, serviços de engenharia ou máquinas e ferramentas, “com um impacto particularmente positivo na chamada Espanha vazia”.

Também explicou que para atrair o investimento privado é preciso haver uma política energética clara e uma regulamentação que a incentive. “Estamos presenciando avanços positivos, como a Estratégia de Descarbonização até 2050 ou o Plano Nacional de Energia e Clima, que nos permite ter um roteiro para mobilizar investimentos que se situam perto dos 240 bilhões de euros e criar 300.000 empregos em nosso país.”

E acrescentou: “de uma crise como esta só é possível sair trabalhando e investindo em setores e atividades que representem oportunidades futuras reais”, mas o caráter global da crise “vai gerar uma grande concorrência entre os países para captar capital e talento, por isso será mais importante do que nunca contar com marcos regulatórios estáveis, previsíveis e atrativos, que proporcionem segurança jurídica e sejam capazes de atrair os investimentos necessários”.


O momento de ser ambiciosos e de apostar na economia verde

Galán transmitiu seu convencimento de que “agora é o momento de ser ambiciosos” e de apostar na economia verde.

Também apelou à urgência e à união de todos. “Resta muito por fazer. É o momento de todos darem um passo à frente. Aplaudo a aposta da Comissão Europeia na economia verde, na qual a Iberdrola já trabalha há 20 anos. Significa acelerar a transformação do tecido industrial e aproveitar sua capacidade para melhorar a competitividade e criar emprego.”

O presidente da Iberdrola explicou que apostar em uma economia verde significa “investir em energias renováveis, em redes inteligentes e no armazenamento, o que permitirá uma maior eletrificação”. Além disso, indicou que essa transição oferece oportunidades no que se refere às novas tecnologias e processos industriais, tal como o hidrogênio verde, assim como insistiu na necessidade de “correr nesse campo e não ficar atrás em relação aos novos sócios europeus”. Nesse sentido, recordou o projeto da maior usina de produção de hidrogênio verde para uso industrial da Europa, que a companhia colocará em funcionamento na localidade de Puertollano (Espanha), com um investimento de 150 milhões de euros.


Empresas inovadoras na Espanha em setores do futuro

No encontro, Galán voltou a destacar sua confiança nos pontos fortes da Espanha: “Nosso país tem empresas inovadoras em setores do futuro, no entanto, é necessário promover uma estrutura empresarial adequada, gerando massa crítica para garantir que o investimento e o emprego possam permanecer no país”.

Também confirmou o compromisso da companhia com o processo de reconstrução e transformação. “Já aceleramos nossos investimentos, que chegarão a 10 bilhões de euros neste ano, ou seja, o dobro do investido nos últimos 5 anos. Além disso, nos últimos meses adiantamos os pedidos feitos aos nossos fornecedores que atingiram a cifra de 7 bilhões de euros, para lhes proporcionar a visibilidade necessária neste momento e contribuir para a manutenção dos mais de 400.000 empregos criados em toda a cadeia de valor.” Mais de um terço desse volume foi destinado a empresas espanholas, “contribuindo, dessa forma, ao seu crescimento e competitividade em âmbito internacional”.

Em 2020, o grupo contratará 5.000 pessoas, “dando novas oportunidades aos jovens”, concluiu.

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