Notícia

2021-02-11 00:00:00.0

O Presidente da Iberdrola defende que para maximizar o efeito dos fundos europeus, os projetos a serem realizados devem ser feitos por empresas com um compromisso real com a Espanha e que tenham capacidade de gestão e incentivo ao tecido industrial espanhol

Ignacio Galán exorta a construir um ecossistema empresarial e industrial para aproveitar o potencial do país

  • Garante que o plano Next Generation EU deve estar pensado para a reconstrução ou criação de novos setores de futuro, acelerar a transformação da Espanha e a projetos alinhados com a economia verde e digital
  • A Iberdrola possui 150 iniciativas que permitirão mobilizar mais de 21 bilhões e envolver centenas de empresas.
  • Os projetos permitiriam criar 45.000 postos de trabalho/ano, um crescimento econômico de mais de 1,5% do PIB, a melhoria da competitividade e da balança de pagamentos – entre 500 milhões e 1 bilhão de euros/ano – e contribuiriam para o desafio demográfico, dado que incluem mais de 7 bilhões de euros em entornos rurais

“Estamos diante de uma situação sem precedentes devido à sua gravidade e ao seu impacto global, mas a receita para sair da crise continua sendo a mesma: investir mais em setores produtivos e com futuro e impulsionar a eficiência e a competitividade para deixar um país melhor para as próximas gerações”. Assim começou seu discurso o Presidente da Iberdrola, Ignacio Galán, na jornada EUROForo Next Generation EU, onde ressaltou a necessidade de unir esforços entre todos os agentes para promover iniciativas com futuro e prósperas. Da mesma forma, defendeu a construção de um ecossistema empresarial e industrial para aproveitar o potencial do país.

A Companhia, que já contribui para o crescimento e internacionalização de mais de 22.000 empresas e desenvolve um plano de investimento de 75 bilhões de euros até 2025, independentemente das propostas vinculadas a fundos europeus, considera o programa Next Generation EU como uma oportunidade para intensificar a atividade e contribuir para a criação de novas figuras de colaboração público-privada.

“Estamos diante de uma oportunidade histórica para a Espanha, por isso não podemos perder o bonde”, indicou. “Devemos atuar agora, de forma decidida e coordenada para converter esta oportunidade em uma realidade”, destacou.


150 projetos para criar empregos, crescimento econômico e contribuir para o desafio demográfico

A Iberdrola possui 150 iniciativas nesse plano, que permitirão mobilizar mais de 21 bilhões de euros de investimento em projetos relacionados à implantação de energias renováveis inovadoras, redes elétricas inteligentes, armazenamento energético, mobilidade sustentável, eletrificação do calor, hidrogênio verde e reciclagem de componentes de tecnologias limpas.

“Estes projetos vão gerar 45.000 postos de trabalho/ano, estáveis e de alta qualificação, e um crescimento econômico de mais de 1,5% do PIB”, assinalou. “Também inclui a melhoria da competitividade e da balança de pagamentos (entre 500 milhões e 1 bilhão de euros/ano), a redução de emissões e a melhoria de entornos urbanos e a contribuição ao desafio demográfico, dado que incluem mais de 7 bilhões de euros em projetos em entornos rurais.”

As iniciativas envolvem centenas de empresas – a maioria delas PMEs – de todas as comunidades autônomas espanholas, assim como centros tecnológicos espanhóis ao longo da cadeia de valor e organismos públicos.


Os projetos devem ser realizados por empresas com um compromisso real com a Espanha e com capacidade de gestão e impulso do tecido industrial local

A magnitude dos planos de reconstrução da União Europeia e do Governo da Espanha representam uma oportunidade inigualável para impulsionar uma rápida recuperação e promover a transformação da economia para um modelo mais sustentável, resiliente, inclusivo e competitivo.

Por isso, Galán defendeu que “os fundos devem destinar-se à reconstrução ou criação de novos setores com futuro – hidrogênio verde, mobilidade elétrica, eólica offshore, por citar alguns –, alinhados às diretrizes da União Europeia, baseadas na economia digital para melhorar a competitividade e na economia verde que incentiva a sustentabilidade, na melhoria do meio ambiente e da saúde”. Nesse sentido, destacou que o “setor elétrico tem projetos concretos para a transformação, que geram benefícios para os cidadãos (empregos, ar limpo nas cidades, reduções de emissões e um menor custo energético); e para o país, em termos de melhoria da competitividade, do PIB, da balança de pagamentos e do retorno das ajudas no médio prazo.

Em sua intervenção, o Presidente da Iberdrola também destacou que “para aproveitar os fundos será necessário que estes projetos sejam realizados por empresas com um compromisso real com a Espanha, que tenham uma trajetória comprovada e com capacidade de execução e gestão e, especialmente, de impulso ao tecido industrial espanhol”.

Esse exercício também exigirá “agilizar processos administrativos, revisar a tributação energética e melhorar a coordenação da Administração e do setor público e privado e realizar uma reforma educativa “, concluiu.