Notícia

2019-12-01 00:00:00.0

Com o apoio da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) e da própria Conferência do Clima

A iniciativa Moving for Climate NOW chega à COP25 e entrega seu Manifesto às Nações Unidas

  • O Presidente da Iberdrola, Ignacio Galán, recebeu a equipe ciclista e encorajou seus componentes a “seguir combatendo as mudanças climáticas para deixar um mundo habitável às próximas gerações”. “A década na qual estamos a ponto de iniciar deve ser aquela da ação e 2020, o ano da ambição: o Acordo de Paris já está em vigor e temos que implementar todos os recursos disponíveis para o cumprir”, acrescentou
  • Após percorrer 500 quilômetros com bicicletas elétricas durante cinco dias, esta iniciativa reivindicou à UNFCCC, à presidência chilena da COP25 e a outras autoridades a necessidade de aumentar a ambição climática para alcançar emissões líquidas nulas em 2050
  • Estiveram presentes no encontro o Vice-secretário executivo da UNFCCC, Ovais Sarmad; o Champion chileno de alto nível para o clima, Gonzalo Muñoz; o Prefeito de Madri, José Luis Martínez-Almeida; a Alta Comissária para a Agenda 2030, Cristina Gallach; e o Presidente da IFEMA, Clemente González

A iniciativa ciclista Moving for Climate NOW, promovida pela Iberdrola com o apoio da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, em suas siglas em inglês) e da COP25, chegou hoje à Conferência do Clima, que começa amanhã em Madri sob a presidência do Chile.

Depois de sair de Salamanca na última terça-feira e após mais de 500 quilômetros percorridos com bicicletas elétricas através de Castela e Leão, Estremadura, Castela-La Mancha e Comunidade de Madri, a equipe da Moving for Climate NOW entregou seu Manifesto para a ação climática à Secretaria Executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

Durante o encontro, às vésperas da COP, o Presidente da Iberdrola, Ignacio Galán, ressaltou que “temos a obrigação moral de combater as mudanças climáticas para deixar um mundo habitável às próximas gerações”. Durante a sua intervenção, acrescentou: “A década na qual estamos a ponto de iniciar deve ser aquela da ação e 2020, o ano da ambição: o Acordo de Paris já está em vigor e temos que implementar todos os recursos disponíveis disponíveis para o cumprir”.

Por seu turno, o Vice-secretário executivo da UNFCCC, Ovais Sarmad, agradeceu os esforços dos ciclistas da Moving for Climate NOW “porque enviaram uma mensagem muito forte ao mundo: a luta contra as mudanças climáticas precisa da participação de todos os segmentos da sociedade”. Sarmad explicou que “para conseguir uma mudança sistêmica e poder enfrentar a emergência climática, é mister que os governos, o setor privado, as instituições e os indivíduos trabalhem juntos para aumentar urgentemente seus esforços para reduzir as emissões”.

Da mesma forma, o climate champion desta COP25 e representante da Presidência chilena, Gonzalo Muñoz, afirmou que a iniciativa é “um exemplo que devemos escalar a outros âmbitos da sociedade para promover a mobilidade limpa e as energias renováveis”. Muñoz também destacou que esta ação “reflete o apoio que o governo e a cidadania espanhola estão dando ao Chile por ocasião da conferência”.

A equipe da Moving for Climate NOW, que esteve composta nesta quinta edição por meia centena de representantes de diferentes organizações e países, foi recebida pelo Prefeito de Madri, José Luis Martínez-Almeida; pela Alta Comissária para a Agenda 2030, Cristina Gallach; e pelo Presidente da IFEMA, Clemente González.

No Manifesto entregue hoje estão expostos, ponto por ponto, os princípios fundamentais sobre os quais esta equipe considera que devemos agir para enfrentar os desafios do clima e cumprir os objetivos do Acordo de Paris. Portanto, defende a “necessidade de aumentar a ambição climática e avançar em direção a cenários que limitem o aumento da temperatura abaixo de 1,5 ºC, o que equivale a atingir emissões líquidas nulas em 2050”.

Para tal, é fundamental avançar, principalmente, em termos de:

  • A urgência de unir esforços a partir de todos os âmbitos, garantindo medidas de apoio aos grupos sociais mais vulneráveis.
  • A importância de considerar a luta contra as mudanças climáticas não só como um importante desafio, mas também como uma oportunidade para construir um modelo econômico sustentável.
  • A necessidade de acelerar a transição energética, apostando nas energias renováveis.
  • A importância de mobilizar recursos para melhorar a adaptação climática.


Quinta edição da iniciativa ‘Moving for Climate NOW’

A iniciativa Moving for Climate NOW terminou assim a sua quinta edição depois que a equipe ciclista já tenha percorrido mais de 3.700 quilômetros desde a primeira edição, que foi de Bilbau à COP21 de Paris. Posteriormente, chegaram até a COP22 de Marraquexe desde Sevilha, à COP23 de Bonn desde Paris e à COP24 de Katowice (Polônia) desde Viena.

Nas cinco edições, os participantes utilizaram bicicletas elétricas com a intenção de mostrar a viabilidade de um meio de transporte alternativo, sadio e ecológico em uma rota de longa distância. Da mesma forma, a expedição contabilizou o cálculo de suas emissões com o projeto ZeroCO2 e compensou a sua pegada de carbono através da compra de créditos de carbono nas plataformas Climate Neutral Now da Organização das Nações Unidas e ZeroCO2..

A iniciativa Moving for Climate NOW está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas. De forma especial e direta, está vinculada ao objetivo 13 (ação pelo clima) e ao 17 (parcerias em prol das metas). Também contribui para as metas 5 (igualdade de gênero) e 7 (energia limpa e acessível).

Ao longo destes cinco anos, fizeram parte da Moving for Climate NOW representantes de organismos internacionais como a Comissão Europeia, o Banco Europeu de Investimentos, a Convenção das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (UNFCC); o World Resources Institute (WRI), a Agência Internacional da Energia (AIE) e a Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA); instituições como o Gabinete Espanhol de Mudanças Climáticas, o Conselho Econômico, Social e Ambiental do Marrocos, a Fundação Biodiversidade e a Prefeitura de Sevilha; iniciativas como o World Business Council for Sustainable Development, Sustainable Energy for All (SEforALL) ou o CDP; ou a sociedade civil através de ONGs como ECODES, Cruz Vermelha e Ajuda em Ação; criadores de opinião, atletas e centros de pesquisa e universidades como a Universidade Pontifícia Comillas,a Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Institute for Sustainable Development (IISD).