Notícia

19.09.2022

Iberdrola obtém licença de impacto ambiental para novo projeto fotovoltaico de 375 MW na Extremadura

  • A usina, localizada na cidade de Cedillo, em Cáceres, será capaz de abastecer 178.000 casas com energia limpa e local que evitará o consumo de 97 milhões de metros cúbicos de gás por ano.
  • A instalação, que gerará 800 empregos durante os períodos de pico de construção, estará localizada em um terreno comunitário de propriedade dos moradores locais, que manterão suas atividades de pecuária na área.

A Iberdrola obteve a Declaração de Impacto Ambiental (EIS) para a construção de um novo projeto fotovoltaico de 375 MW na cidade de Cedillo, em Cáceres. Esta nova usina terá capacidade suficiente para abastecer 178.000 casas com energia limpa, mais do que a população de uma cidade como Badajoz, e evitará a emissão de 77.000 toneladas de CO2 por ano.

A instalação terá mais de 576.000 módulos fotovoltaicos bifaciais que permitem uma maior produção, já que possui duas superfícies sensíveis à luz. Desta forma, será capaz de produzir mais de 582.400 MWh de energia verde e local por ano. Trata-se de quantidade que teria exigido mais de 97 milhões de metros cúbicos de gás para ser gerada por um ciclo combinado.

Sua construção também impulsionará a cadeia de abastecimento relacionada à transição energética com a participação de fornecedores locais como a Faramax, de Malpartida de Plasencia, que fornecerá os transformadores. As torres da linha de transmissão serão fornecidas pela IMEDEXA, de Casar de Cáceres. As obras também contribuirão para a criação de empregos, com a geração de até 800 empregos durante os períodos de pico. Além disso, os estudos ambientais têm sido realizados pela Ecoenergías del Guadiana, também da Extremadura.

A energia produzida pela usina será transmitida através de uma subestação encapsulada que também atende duas outras instalações fotovoltaicas com capacidade combinada de 100 MW e uma usina hidrelétrica de quase 500 MW localizada no mesmo município. Esta subestação tem sido um grande desafio tecnológico e logístico para garantir o mínimo impacto ambiental no entorno do Parque Natural do Tejo Internacional, uma área protegida entre Espanha e Portugal. Fabricada na Itália e transportada em contêineres com peso superior a 50 toneladas, esta infraestrutura ocupa apenas 300 m2, em comparação com os 10.000 m2 de terreno normalmente necessários para equipamentos com estas características. 

Este projeto - apoiado pelo Conselho Municipal e pela Sociedade Agrária de Cedillo - estará localizado em um terreno comunitário de propriedade da maioria dos moradores locais, que poderão continuar suas atividades pecuárias no mesmo espaço.

A cidade de Cedillo é um exemplo da contribuição das energias renováveis para o desenvolvimento sustentável das áreas rurais. A Iberdrola planeja criar a primeira comunidade solar na Espanha para uma vila inteira neste município. Graças a esta iniciativa, todos os habitantes desta cidade contarão com uma economia de 50% em suas contas de eletricidade. 

Para este fim, a empresa instalará pequenas centrais fotovoltaicas com uma capacidade combinada de 340 kW nos telhados das instalações municipais e em terrenos fornecidos pela prefeitura. A Iberdrola assumirá o investimento total para a montagem e gestão deste sistema de autoconsumo coletivo, que será colocado em funcionamento no início de 2023.

Líder na promoção da energia solar fotovoltaica na Espanha

A nova usina fotovoltaica em Cedillo se une aos 12 outros projetos fotovoltaicos que estão sendo executados atualmente pela empresa, a principal promotora desta tecnologia na Espanha. As iniciativas em construção totalizam 630 MW, metade dos quais estão localizados na Extremadura, onde Iberdrola está construindo as usinas Almaraz I e II (80 MW), que serão conectadas à rede este ano, e o complexo do Tejo em Alcántara, composto por quatro usinas com uma capacidade total de 200 MW.

A empresa também está construindo outras oito instalações em Castilla y León, Castilla-La Mancha e Andaluzia utilizando esta tecnologia, totalizando 271 MW. Trata-se das usinas de Villarino (50 MW) em Salamanca; Valbuena (50 MW) e Manantiales (30 MW) em Guadalajara; o projeto Guillena (144 MW) em Sevilha; Cespedera (27 MW) em Cádiz; e Virgen de Aremos III (50 MW) em Palencia. 

Além disso, a Iberdrola planeja iniciar este ano a construção de outros seis projetos que fornecerão 793 novos MW de energia solar em quatro comunidades autônomas: Ciudad Rodrigo (318 MW) em Salamanca; Fuentes (50 MW), Peñarrubia (50 MW) em Murcia; e o já mencionado Cedillo, em Cáceres.

Entre os projetos encomendados até agora este ano está o projeto "Francisco Pizarro" que, com 590 MW de potência, é a maior usina fotovoltaica da Europa e a maior do grupo Iberdrola deste tipo no mundo. Composto de 1,5 milhões de módulos fotovoltaicos, ela gerará energia limpa suficiente para abastecer mais de 334.000 casas e evitar a emissão de 140.000 toneladas de CO2 para a atmosfera por ano.

10.000 novos MW na Espanha até 2030

A Extremadura é uma das regiões mais ricas da Europa em termos de recursos naturais e um local chave para o desenvolvimento da energia solar. A região se tornou a ponta de lança do compromisso da Iberdrola de impulsionar as energias renováveis na Espanha. O plano de investimento da empresa prevê a instalação de 10.000 novos MW no país até 2030. Um desenvolvimento no qual a região da Extremadura está desempenhando um papel fundamental.

Somente no período 2020-2025, a Iberdrola terá instalado mais de 2.800 MW de energia renovável na Extremadura, com um investimento de mais de 1.700 milhões de euros e a criação de cerca de 7.400 empregos durante o período de cinco anos.

O grupo Iberdrola iniciou seu compromisso com as energias renováveis há mais de duas décadas como um pilar fundamental sobre o qual construir seu modelo de negócios limpo, confiável e inteligente. Graças a esta visão, a empresa é hoje líder mundial em energias renováveis, com 38.000 MW de capacidade renovável instalada em todo o mundo - 19.370 MW na Espanha - no final do primeiro semestre de 2022, e está liderando a transição de energia para uma economia de baixas emissões.