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Os fabricantes realizarão e fornecerão as fundações tipo monopile XXL no valor de 400 milhões de euros entre 2023 e 2025 para futuros parques eólicos offshore da companhia energética

22.07.2021

Iberdrola, Navantia e Windar selam parceria até 2025 para o desenvolvimento da energia eólica offshore

  • O presidente da Iberdrola ressalta “a vocação de estabelecer parcerias com o tecido industrial espanhol, como grande empresa indutora", e destaca as oportunidades em termos de desenvolvimento industrial, inovação e criação de empregos que serão criados por uma parceria “que combina os planos de crescimento da Iberdrola – com uma carteira de projetos eólicos offshore que exigirá cerca de 30 bilhões de euros de investimento nesta década – com a competitividade e o know-how da Navantia e da Windar”
  • Para cumprir esse contrato, o consórcio integrado pela Navantia e pela Windar construirá uma fábrica de monopiles XXL nos terrenos do estaleiro de Fene (Corunha), onde serão investidos 36 milhões de euros gerando 1.000 empregos na região, que se somam aos milhares já criados com os contratos anteriores.
  • A Iberdrola consolida uma relação de mais de sete anos com a Navantia e a Windar, que entre ambas somam contratos de energia eólica offshore com um valor aproximado de 1,3 bilhão de euros
  •  presidente da Xunta (governo regional) da Galiza, Alberto Núñez Feijóo e a ministra da Fazenda e Função Pública da Espanha, María Jesús Montero, estiveram presentes na assinatura do acordo de colaboração

Fene (Corunha), quinta-feira, 22 de julho de 2021.- Os presidentes da Iberdrola, Navantia e Windar selaram nesta quinta um acordo-quadro de colaboração para a fabricação e o fornecimento de fundações tipo monopile XXL. Trata-se de um projeto que permitirá que a companhia energética avance em sua estratégia de crescimento no mercado eólico offshore reforçando seu papel indutor na indústria local e o de ambos os fabricantes, além de ampliar as capacidades desse setor do futuro.

Com este acordo, a Iberdrola poderá realizar pedidos de 130 fundações tipo monopile XXL ao consórcio Navantia-Windar entre 2023 e 2025 para futuros parques eólicos offshore no valor de 400 milhões de euros, garantindo o fornecimento preferencial de uma parte desses componentes para os próximos anos.

Esta parceria foi assinada no estaleiro da Navantia na localidade de Fene por Ignacio S. Galán, presidente da Iberdrola; Ricardo Domínguez, presidente da Navantia; e Orlando Alonso, presidente da Windar. Também estiveram presentes no evento o presidente da Xunta (Governo Regional) da Galiza, Alberto Núñez Feijóo, e a ministra da Fazenda e da Função Pública da Espanha, María Jesús Montero.

O presidente da Iberdrola, Ignacio S. Galán, destacou que “hoje estamos criando uma parceria que combina os planos de crescimento da Iberdrola – uma carteira de projetos eólicos offshore que exigirão investimentos de cerca de 30 bilhões de euros nesta década em todo o mundo – com a competitividade e o know-how da Navantia e da Windar”. E acrescentou: "Uma união que também reflete nossa vocação de estabelecer parcerias com o tecido industrial espanhol, como grande empresa indutora que somos sempre tentamos desenvolver por meio de acordos de longo prazo, dando estabilidade e certeza aos nossos fornecedores, gerando atividade e criando postos de trabalho de forma sólida”. O acordo-quadro entre as empresas não se restringe apenas a um projeto: torna a Windar e a Navantia parceiras da Iberdrola em sua estratégia de desenvolvimento sustentável pelo menos até 2025.

Fruto de esta colaboração, o consórcio formado pela Navantia e a Windar construirá uma fábrica de monopiles XXL em terrenos do estaleiro da Navantia em Fene (Corunha). A construção dessa fábrica permitirá melhorar as capacidades do estaleiro, munindo-o com um novo produto que é o mais demandando no setor das fundações offshore fixas. Essa diversificação não era acessível até agora, pois exige instalações muito específicas.

“Queremos nos antecipar e investir em instalações, máquinas e equipamentos de última tecnologia para ser agentes relevantes nesse mercado”, comentou o presidente da Navantia, Ricardo Domínguez.  Também sublinhou que essa nova colaboração com a Windar e a Iberdrola é um “projeto inovador e ambicioso”, através do qual a empresa pública consolida e aumenta sua aposta em um setor que “oferece enormes oportunidades”.  “Temos a certeza de que com esse acordo a relação entre as três empresas se reforçará ainda mais e, sem dúvida, trará consigo benefícios para a indústria espanhola e a comarca de Ferrolterra”, agregou.

O investimento projetado pelo consórcio atinge a cifra de 36 milhões de euros e a produção em suas instalações vai gerar empregos de qualidade para 1.000 pessoas, que se somam aos milhares de postos de trabalho já criados com os contratos anteriores da Iberdrola. As atuações nessa fábrica incluem a adaptação de um armazém para curvar chapas de grande espessura e até 16 m de diâmetro, novas cabines de pintura e áreas de armazenamento para produtos acabados, assim como equipamentos de última tecnologia necessários para a fabricação.

A nova fábrica de monopiles XXL – que fabricará fundações de mais de 100 m de comprimento e até 2.500 t de peso – estará disponível em um prazo de 13 meses e se situará em uma parte da instalação do estaleiro de Fene, sem interferir nos meios de produção destinados à construção de outros produtos de energia eólica offshore, tais como as jaquetas e as estruturas flutuantes, onde a Windar e a Navantia já são agentes relevantes no âmbito internacional.

“Iniciar essa produção significa entrar no seleto clube das poucas empresas que no mundo ocidental têm capacidade para tal. Apenas quatro fabricantes de três países europeus podem produzir o que nós iremos fazer em Fene”, destacou o presidente da Windar, Orlando Alonso. O presidente da Windar também ressaltou que o projeto exigirá “investir em capacitação profissional para ter trabalhadores altamente especializados. Para tal, será imprescindível desenvolver ambiciosos programas de treinamento, objetivo para o qual esperamos contar com a Xunta (governo regional da Galiza)”.

Em seu discurso a ministra da Fazenda e Função Pública da Espanha, María Jesús Montero, destacou o potencial da cooperação público-privada para oferecer  “inovação e vanguarda”, assim como “o duro trabalho realizado pela Navantia em Fene” para se posicionar em energia eólica offshore.

Além disso, apontou que “a energia eólica será protagonista na descarbonização da economia, nessa necessária transição ecológica e energética sobre a qual deve apoiar-se a modernização do modelo produtivo”. A ministra ressaltou o compromisso do governo espanhol para que “a aposta nas energias renováveis não implique deixar ninguém para trás”, pois “a transição energética deve ser justa”.

Afirmou que esse acordo entre empresas permite que a Espanha siga na vanguarda desse setor. “A Espanha está em condições de ser uma potência internacional em economia azul”

O presidente da Xunta (governo regional) da Galiza, Alberto Núñez Feijóo, que encerrou o evento, destacou a confiança na energia eólica offshore na Galiza como uma oportunidade para a recuperação econômica. Ciente de que a energia eólica offshore é um setor em expansão, mas que ainda deve ser regulado e promovido, Feijóo salientou o trabalho que a Galiza está realizando nesse âmbito com a implementação de uma estratégia para reforçar instalações desse tipo de parque, sempre em coordenação com a indústria pesqueira e com a criação do Observatório Eólico Marinho que integra a indústria, o setor pesqueiro e a Administração. Também recordouque a Galiza está trabalhando junto às comunidades autônomas das Astúrias e Cantábria para promover a energia eólica offshore através do desenvolvimento ordenado e respeitoso com o meio ambiente, além de outras atividades socioeconômicas.


Núcleo de inovação, tecnologia e capacidade de fabricação

O acordo de colaboração entre as três empresas reforça a aposta da Iberdrola na transição energética e sua contribuição para a recuperação verde e criação de empregos, associada a futuros projetos de energias renováveis, reforçando uma relação de mais de sete anos entre a Iberdrola e a Navantia-Windar que, entre ambas, somam contratos em um valor próximo a 1,3 bilhão de euros.

A trajetória dessa relação demonstra as oportunidades oferecidas por um mercado com futuro, como o da energia eólica offshore, e como a economia verde se converteu em um grande polo de industrialização e criação de empregos sustentáveis e de qualidade.

“Este porto, que durante séculos foi considerado o final da Terra e que posteriormente se converteu em ponto de partida para tantos homens e mulheres que partiram em busca de um futuro melhor, se reafirma hoje como um núcleo de inovação, tecnologia e capacidade de fabricação”, explicou o presidente da Iberdrola.

Dessa forma, a colaboração destaca o papel dos estaleiros da Navantia na economia local nos diferentes territórios. A Navantia e a Windar são as únicas empresas que fabricam o conjunto de componentes de um parque eólico offshore: fundações fixas ou flutuantes, torres e subestações elétricas. “Nosso compromisso na localidade de Fene com as energias verdes dá hoje um passo decisivo”, apontou Ricardo Domínguez.

As três empresas reafirmaram sua aposta nos diversos tipos de tecnologia para impulsionar a energia eólica offshore, tanto fixa quanto flutuante. “A Navantia-Windar construiu 85 % das estruturas flutuantes em parques pré-comerciais e nosso objetivo é ser líderes globais aproveitando as sinergias com nossa principal atividade, ou seja, de construtores navais, em um tipo de produto onde temos certeza de que a Iberdrola desempenhará um papel relevante”, acrescentou o presidente da empresa pública.


Liderando a indústria eólica offshore

A Iberdrola está há quinze anos liderando a indústria eólica offshore, uma atividade que se confirmou como um dos vetores de crescimento da Companhia. Neste momento, possui 1.300 MW em operação – parques de Wikinger, East Anglia ONE e West of Duddon Sands – e triplicará sua capacidade instalada com a construção, na atualidade, de 2.600 MW. A carteira atual do Grupo nessa tecnologia chega a 20.000 MW. A Companhia prevê alcançar 12.000 MW operacionais até 2030.

“O que começou sendo uma iniciativa ligada a uma tecnologia então incipiente é hoje uma realidade”, explicou Ignacio S. Galán. É o que demonstram os projetos em curso, como o parque eólico offshore de Saint Brieuc na Bretanha francesa, que contará com as jaquetas de maior tamanho fabricadas até o momento, a cargo da Navantia-Windar em Fene; o de Baltic Eagle, na Alemanha, que terá a participação da Windar; ou o de Vineyard Wind 1, em frente às costas de Massachusetts, o primeiro em larga escala que será instalado nos Estados Unidos e ao qual se unirá o de Park City para fornecer energia a Connecticut.

“Temos diante de nós um futuro ainda mais motivador e promissor graças aos novos projetos nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França ou Japão (que implementaremos nos próximos anos) e também em países como Suécia, Irlanda ou Taiwan, onde já temos desenvolvimentos em andamento”, esclareceu o presidente da Iberdrola. E completou: “os gigantescos investimentos que cada um desses projetos representa só serão possíveis se os países tiverem estabilidade e previsibilidade. São necessários marcos regulatórios atraentes e incentivadores, apoio governamental e social e, especialmente, segurança jurídica”.


Comprometidos com o futuro sustentável da Galiza e seu tecido empresarial

Em seu discurso, Ignacio S. Galán também fez referência ao compromisso da Companhia de “continuar inovando para desenvolver novas oportunidades” na região, através de outras tecnologias, como a energia eólica offshore flutuante, que permitiria transferir as capacidades da indústria espanhola em projetos localizados nas costas galegas.

Para o desenvolvimento industrial na Galiza, em parceria com várias empresas locais, a Iberdrola apresentou ao programa Next Generation EU mais de 25 iniciativas ligadas às energias limpas, ao armazenamento por bombeamento hidrelétrico, ao metanol verde, à mobilidade elétrica ou à economia circular, que poderiam mobilizar 4,4 bilhões de euros e criar 20.000 empregos na região em setores alinhados ao chamado Pacto Verde Europeu.

Do mesmo modo, recordou a rede criada com inúmeras empresas – grandes e pequenas –, que empreenderam junto à Iberdrola a viagem rumo à sustentabilidade, à competitividade e à internacionalização, promovendo 400.000 postos de trabalho em todo o mundo, 85.000 deles na Espanha. Entre essas empresas, estão os mais de 200 fornecedores galegos, como a Teiga TMI, Técnica 4, CEASA, Sarpel Ingeniería, Conelec ou Milsa, aos quais só nestes últimos 18 meses foram realizados pedidos no valor de cerca de 600 milhões de euros.

A Iberdrola lidera há duas décadas a transição energética e atua como agente indutor fundamental para a transformação do tecido industrial, a recuperação verde da economia e a criação de empregos. A Companhia lançou um plano de investimento histórico de 150 bilhões de euros para a próxima década – 75 bilhões de euros para 2025 –, através do qual triplicará a capacidade de energias renováveis e dobrará os ativos de redes, assim como aproveitará as oportunidades oferecidas pela revolução energética que as principais economias do mundo enfrentam. Depois de ter realizado investimentos de 120 bilhões de euros nos últimos vinte anos, a Iberdrola é líder em energias renováveis com mais de 35.500 MW instalados; um volume que converte seu parque de geração em um dos mais limpos do setor energético.

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