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25.10.2021Ignacio Galán lembra que "a sustentabilidade já era essencial para a Iberdrola muito antes da expansão dos critérios ESG"
No próximo dia 31 de outubro começa em Glasgow, na Escócia, a Conferência do Clima. Por isso, o Centro de Investimento Sustentável e a Escola do Clima da Universidade de Columbia organizaram a conferência virtual Alinhamento empresarial com o Acordo de Paris: da ambição à ação, inaugurada pelo presidente do Grupo Iberdrola, Ignacio Galán.
O presidente da Iberdrola interveio no painel intitulado Compromissos Net-Zero junto a Jeffrey Sachs, professor e diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável de Columbia. Ambos abordaram vários assuntos como as perspectivas para a próxima COP, a importância da transição energética ou os requisitos necessários para sua implementação.
Em relação à conferência do clima de Glasgow, Galán destacou que a evolução ocorrida nas últimas décadas é motivo de otimismo, embora tenha destacado que “estamos em um momento crítico; precisamos ser neutros em carbono em 30 anos” para evitar “consequências dramáticas”. Por isso, insistiu na “necessidade de descarbonizar já”.
Nesse sentido, o professor Sachs ressaltou que o Grupo Iberdrola está “no centro do desafio da descarbonização” e aproveitou para indagar acerca das razões do sucesso da estratégia da Companhia, que conseguiu se tornar uma das maiores utilities do mundo. Ignacio Galán destacou que há 20 anos o Grupo fez uma aposta pioneira na eletrificação, investindo quase 120 bilhões de euros em energias renováveis e na área de redes. “E vamos voltar a fazê-lo, com um plano de 150 bilhões de euros de investimento nos próximos anos”, acrescentou. Entre as grandes conquistas, Galán lembrou que a sustentabilidade já era essencial para a Iberdrola muito antes da expansão dos critérios ESG.
Quanto ao que é necessário para as empresas desempenharem seu papel na descarbonização, Ignacio Galán insistiu na necessidade de haver estabilidade e previsibilidade regulatória para não prejudicar a confiança dos investidores. “Não temos o dinheiro disponível em nossos bolsos, precisamos obtê-lo do mercado e para tal devemos demonstrar que o investimento, além de ser benéfico para o planeta e para os países, trará um retorno positivo”, explicou.
Galán pediu "ambição e coerência em torno da regulação dos objetivos climáticos", não alterar as regras diante de situações pontuais e reduzir os prazos dos procedimentos administrativos para os novos projetos de energias renováveis. “Se os processos não forem agilizados, a maioria dos países não cumprirá os objetivos climáticos estabelecidos”, advertiu.