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A Iberdrola lidera o consórcio Atmosphere com a participação da Ingeteam, Inerco, ABC Compressors, IDESA e Innomerics, cujo principal objetivo será pesquisar novas tecnologias associadas a equipamentos críticos em plantas de geração de hidrogênio verde, cobrindo toda a cadeia de valor, de modo a permitir uma redução significativa nos custos de investimento e na operação e manutenção dessas plantas. 

Para validar os desenvolvimentos realizados no projeto, será utilizada a usina Iberdrola em Puertollano (Ciudad Real), um dos maiores sistemas de produção de hidrogênio do mundo utilizando eletrólise (20 MW).

A iniciativa, que vai de 2022 a 2025, tem um orçamento total de 6,2 milhões de euros destinados inteiramente à pesquisa, faz parte do programa Misiones do Centro para o Desenvolvimento da Tecnologia Industrial (CDTI), uma agência do Ministério da Ciência e Inovação, e garantiu um financiamento de 4,1 milhões de euros.  

O projeto representa o compromisso público/privado de promover um esquema colaborativo de P&D+I que acelera o cumprimento dos objetivos de transição energética. Ele também destaca a necessidade de promover uma energia segura, eficiente e limpa para o século XXI, como o hidrogênio verde. 

O compromisso público-privado está satisfeito com a participação de sete organizações públicas de pesquisa (OPPs), incluindo centros tecnológicos e universidades, como por exemplo: TECNALIA, IIT Comillas, a Fundação Idonial, a Universidade Pública de Navarra (UPNA), a Associação Andaluza de Pesquisa e Cooperação Industrial (AICIA), a Associação do Centro Tecnológico CEIT e o Centro de Tecnologia e Pesquisa IDESA.

Ao longo deste projeto, a pesquisa de diferentes tecnologias e elementos associados ao hidrogênio verde permitirá avançar na descarbonização da indústria, conforme estabelecido como um objetivo prioritário do Plano de Ação do Hidrogênio Verde na Espanha.

Em 15 de fevereiro de 2023, foi realizada a reunião de lançamento do projeto no Campus de Formação da Iberdrola em San Agustin de Guadalix, na qual participaram todos os parceiros e OPPs envolvidos no projeto e que estabeleceu o ponto de partida para o desenvolvimento do projeto.

Pioneiros em hidrogênio verde

Em seu compromisso de liderar a transição energética, como fez com as energias renováveis há mais de 20 anos, a Iberdrola se tornou um precursor neste novo desafio tecnológico que envolve a produção e o fornecimento de hidrogênio verde, e está liderando seu desenvolvimento com mais de 60 projetos em oito países e alianças com mais de 150 pequenas, médias e grandes empresas.
  
O objetivo da companhia é atingir 350.000 toneladas de produção de hidrogênio renovável por ano até 2030. Para isso, possui uma carteira de mais de 2.000 MW em diferentes regiões, principalmente na Espanha, nos Estados Unidos e na Austrália.

A Iberdrola possui atualmente duas das três fábricas de hidrogênio verde na Espanha. Uma em Barcelona e a outra em Puertollano. Ambas acabam de ser reconhecidas com o selo "AENOR Verificação de Hidrogênio Renovável". Dessa forma, a Iberdrola se tornou a primeira empresa a obter esta qualificação junto ao organismo de certificação.

A fábrica de Barcelona é a primeira para uso público e comercial a fornecer hidrogênio verde na Espanha. A instalação ocupa 5.000 m2 no parque industrial da Zona Franca na cidade de Barcelona, perto do porto e do aeroporto, e é a primeira parte de um ecossistema de empresas e infraestruturas dedicadas ao hidrogênio verde para descarbonizar o transporte pesado e as atividades industriais. Está operacional 24 horas por dia, sete dias por semana.  

Com 20 MW construídos, a planta de Puertollano é a maior usina de hidrogênio verde da Europa. Conectada diretamente a uma usina fotovoltaica de 100 MW próxima e à rede, tem a capacidade de produzir até 3.000 t/ano. 

O objetivo da Iberdrola é desenvolver uma cadeia de valor do hidrogênio cem por cento verde, ou seja, sem nenhuma emissão de CO2, e fazer do polo industrial de Huelva, localizado na cidade de Palos de la Frontera, o maior centro da Espanha para a produção, transformação e consumo de hidrogênio verde, com o objetivo claro de descarbonizar a indústria e o transporte pesado.

O uso do hidrogênio verde deve se concentrar em usos onde não existe alternativas. Ou seja, substituir o hidrogênio cinza (produzido a partir de combustíveis fósseis) pelo hidrogênio verde (produzido a partir de energias renováveis) em setores onde ele é atualmente utilizado, como fertilizantes, metanol ou refinarias. Em resumo, para usos industriais e para atingir aqueles setores onde a eletrificação não é suficiente.

Subsidiado pelo CDTI