EXPOSIÇÃO 'BILBAU E A PINTURA' NO MUSEU GUGGENHEIM

Um percurso pictórico pela moderna cidade de Bilbau do final do século XIX e início do XX

Quase trinta obras com cenas da vida e dos costumes da cidade de Bilbau do final do século XIX e alvorecer do XX puderam ser vistas no Museu Guggenheim Bilbau em 2021. A mostra, com curadoria de Kosme de Barañano e patrocinada pela Iberdrola, reuniu diferentes pintores da época que, com seus traços imbuídos do impressionismo francês e das vanguardas, refletem o transcendental processo de modernização da cidade.

No dia 29 de janeiro de 2021 foi inaugurada a exposição Bilbau e a pintura. A mostra oferecia ao espectador, através de diversas cenas da Bilbau do fim do século XIX e começo do XX, a oportunidade de conhecer o irrefreável processo de modernização vivido pela capital de Biscaia da época, que tinha se convertido em uma das cidades mais prósperas da Espanha.

As obras, de diferentes artistas daquele período, refletiam a vida e os costumes de burgueses e aldeões. As tarefas cotidianas, os barcos e terraços na ria ou as festas populares revelam o brio e a potência de uma cidade que se destacava pela sua indústria naval e siderúrgica e sua atividade bancária, comercial e cultural.

Kosme de Barañano — catedrático de História da Arte na Universidade de Elche e na Universidade do País Basco e professor visitante nas Universidades de Veneza (IUAV) e de Berlim (Humboldt-Universität) —, curador da exposição, selecionou grandes obras pictóricas que oferecem uma visão panorâmica da vila. Ao longo de três salas encontramos uma boa exibição de cenas cotidianas que incluem as ideias de modernidade do Impressionismo francês e das vanguardas. Não foi à toa que os pintores selecionados haviam viajado a Paris para mergulhar nessas escolas pictóricas.

Barañano explicou na apresentação da mostra que o objetivo "não é documentar, mas revelar essa Bilbau que passa de vila a cidade grande através da pintura".

Como introdução, a exposição oferecia fotografias da época em grande escala. Entre as quais, um retrato do escultor bilbaíno Paco Durrio, realizado por Paul Gauguin.

Puderam-se ver, nas três salas que compunham a exposição, as obras 'La ría en Axpe' e 'La terraza', de Adolfo Guiard, que apresentam visões idílicas de barcos na ria; e outras que retratam a burguesia ilustrada, como 'Amanecer', de Ignacio Zuloaga, 'Las Walquirias', de Manuel Losada, ou 'La fuente de la salud', de Anselmo Guinea.

A temática do mar também foi muito recorrente e artistas como Ramón Zubiaurre ou Gustavo de Maeztu refletem sua beleza e colorido através de obras como 'El marino vasco Shanti Andía' ou o tríptico 'Tierra Vasca'.

Obras dedicadas à visão etnográfica do folclore e do "costumbrismo" completaram a mostra, tais como 'Don Terencio y Chango el txisturari', de Manuel Losada, ou 'En la romería', de Aurelio Arteta.

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UM PASSEIO PELAS ORIGENS DA IBERDROLA

A mostra Bilbau e a pintura refletia o ambiente, a época e o lugar onde nasceu a Iberdrola. Por isso seu patrocínio adquiriu uma especial relevância para a companhia.

Ignacio Galán, presidente do Grupo Iberdrola

Não existe razão mais genuína e legítima para o orgulho do que mostrar a beleza do lugar de onde você vem. Por isso, para a Iberdrola é uma verdadeira satisfação promover essa mostra.

Duas empresas que deram origem à Iberdrola, a Hidroeléctrica Ibérica (1901) e a Saltos del Duero (1918), surgiram no ambiente de prosperidade retratado na exposição de pintura. Uma época em que a união dos conhecimentos técnicos de vanguarda dos engenheiros, o esforço dos trabalhadores e a capacidade financeira dos investidores culminavam em grandes projetos.

A exposição se concentrava precisamente nesse período de modernização, onde a sociedade da capital biscainha promovia importantes inovações e favorecia mudanças econômicas que tornariam Bilbau uma cidade moderna e vanguardista. Valores como esforço, empenho e talento abriam caminho, e graças a eles, "hoje como ontem, a Iberdrola trabalha na cidade de Bilbau para se antecipar às necessidades energéticas e ambientais do conjunto da sociedade, fornecendo energia para mais de 100 milhões de pessoas no mundo", afirma Galán.