Qualidade do ar

A qualidade do ar que respiramos é saudável?

Natureza

Grandes cidades da China, Estados Unidos (EUA) e União Europeia (UE) emitem na atmosfera 54% das emissões de CO2 no mundo, de acordo com a Environmental Protection Agency (EPA). Os quase 1,4 bilhão de habitantes que vivem nessas regiões têm boas razões para se preocuparem com a qualidade do ar que respiram.

Uma mulher se protege da contaminação do ar com uma máscara.
Uma mulher se protege da contaminação do ar com uma máscara.

A China lidera o ranking de países emissores de dióxido de carbono (CO2), seguida dos EUA e dos estados-membros da UE. O potente gás de efeito estufa é uma das substâncias que mais contribuem para o aquecimento global e para as mudanças climáticas, mas não é a única. Muitos outros compostos, conhecidos como contaminantes do clima, influenciam na quantidade de energia solar que a Terra retém e provocam muitos problemas de saúde.

Como se mide a qualidade do ar nas cidades?

No final de 2017, a Agência Europeia do Ambiente (AEA) e a Comissão Europeia lançaram um novo Índice Europeu da Qualidade do Ar (IQA), que permite que os usuários verifiquem a qualidade do ar nas mais de 2.000 estações de medição distribuídas por toda a Europa. O índice, que fornece informações atualizadas sobre a qualidade do ar nos 33 países-membros da AEA, incluindo perfis nacionais - já que as administrações públicas locais têm que adaptar suas medições para considerar fatores como demografia, infraestruturas de transporte etc. Essas medições monitoram os padrões de qualidade do ar e controlam os níveis de ozônio (O3), de dióxido de nitrogênio (NO2), de dióxido de carbono (CO2), de dióxido de enxofre (SO2)... e toda a contaminação gerada por partículas que podem representar sérios riscos para a saúde.

A agência do meio ambiente EPA é responsável pelo índice nos EUA, enquanto o Centro Nacional para o Monitoramento Ambiental da China (CNMAC) é o organismo responsável por compilar, analisar, agregar e publicar os dados dos diferentes indicadores do ar no país asiático.

Como posso descobrir a qualidade do ar na minha cidade?

Em sites, aplicativos... e, até mesmo, o Google nos oferece essas informações. Basta digitar “qualidade do ar”, seguido do nome da cidade, para ver, em tempo real, a qualidade do ar e o principal contaminante do local. Assim, é possível saber qual é o valor do Índice de Qualidade do Ar (IQA) — ou Air Quality Index (AQI) —, a partir das estações de medição distribuídas pelas cidades ou, quando não há nenhuma das estações no solo, a partir dos satélites.

Monitorar a qualidade do ar em espaços fechados

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A fumaça do tabaco agrava os problemas respiratórios, irrita os olhos e pode provocar dores de cabeça, tosse e desconforto na garganta.

Os alérgenos e os pólens agravam os problemas respiratórios e provocam tosse, aperto no peito, irritação nos olhos e erupções cutâneas.

Monóxido de carbono (CO) e dióxido de nitrogênio (N02) El CO pode ser mortal em doses altas; provoca dores de cabeça, tonturas e náuseas. O NO2 pode causar irritação dos olhos e garganta, sufocações e infecções respiratórias.

A umidade, que faz com que bactérias, fungos e mofo se proliferem em espaços fechados, pode provocar problemas respiratórios, alergias e asma.

As substâncias químicas dos produtos de limpeza podem danificar o fígado, os rins e o sistema nervoso. Elas também provocam dores de cabeça, náuseas e irritações oculares.

O gás radônio pode entrar em um edifício através de qualquer fresta, mesmo que seja pequena. Ele pode ser prejudicial para os pulmões.

Preste atenção na qualidade do ar em espaços fechados!

A população que mora em áreas urbanas passa 90% de seu tempo entre quatro paredes, em sua casa ou local de trabalho. Dessa forma, 2,6 bilhões de habitantes correm o risco de sofrer da síndrome do edifício doente, termo utilizado pela Organização Mundial de Saúde para definir as doenças originadas ou estimuladas pela contaminação do ar nos espaços fechados.

Como a contaminação do ar afeta a saúde?

Cerca de 95% da população mundial vive em áreas que não atendem aos padrões de qualidade do ar, de acordo com o relatório State of Global Air, do Health Effects Institute. As cidades, que abrigam mais da metade dos quase 7,5 bilhões de habitantes do mundo, são um terreno fértil para a poluição, um importante fator de mortalidade (que só perde para hipertensão, dieta não saudável e tabaco).

 Problemas cardiovasculares

 Afecções pulmonares

 Irritações oculares

Saúde, um dos objetivos de desenvolvimento sustentável 

A ONU aprovou, em 2015, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. São 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que vão desde a eliminação da pobreza até a garantia de uma educação de qualidade, da igualdade da mulher, da defesa do meio ambiente e de melhorias nos projetos das cidades. No que se refere à saúde, a ONU estabeleceu como Objetivo 13 adotar medidas urgentes para combater as mudanças climáticas e seus efeitos negativos, incluindo a baixa qualidade do ar devido à poluição e às emissões dos gases de efeito estufa.

 Objetivos do desenvolvimento sustentável (*) Nota

 

(*) Disponível na versão em espanhol.