EVOLUÇÃO DA ENERGIA EÓLICA NA EUROPA

O vento, a melhor forma de apostar no futuro

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Em 6 de março de 2021, a Dinamarca cobriu 99% da demanda elétrica desse dia com energia eólica. Alguns dias mais tarde, em 14 de março, a Alemanha atingiu uma taxa de cobertura de 72%.

Parque eólico offshore de Wikinger.
Parque eólico offshore de Wikinger.

A produção eólica foi a principal fonte de geração de eletricidade na Espanha em 2021: os aerogeradores geraram 60.600 GWh, de acordo com dados aproximados da Red Eléctrica de España. A força do vento representou 23,3% da matriz energética peninsular, o que converte a energia eólica na principal fonte de geração do país por primeira vez desde 2013. Em comparação com o ano passado, a geração de energia eólica aumentou 10,5%.

EVOLUÇÃO DA ENERGIA EÓLICA

Essas notícias, cada vez mais frequentes na mídia, são o fiel reflexo do avanço da energia eólica. Em apenas uma década, a energia eólica aumentou sua produção anual na Europa em 34,8%, atingindo sua capacidade máxima instalada em 2021, com um total de 17,4 GW de novas instalações.

Os países que mais aumentaram sua potência eólica foram, nesta ordem, o Reino Unido, Suécia, Alemanha, Turquia e Holanda, de acordo com os dados da Associação Europeia de Energia Eólica (WindEurope). Durante esse ano, a energia eólica gerou 437 TWh, suficientes para cobrir 15% da demanda de eletricidade da União Europeia (UE), dos quais 12,2% provêm da eólica offshore e 2,8% da onshore.

Infografia 1

PARQUES EÓLICOS NA EUROPA

Em 2021 a capacidade instalada total chegou a 235 GW, 7,7% a mais em relação a 2020. Dessa forma, foi gerado um total de 207 GW procedente dos parques eólicos onshore e 28 GW dos parques eólicos offshore. Com 64 GW, a Alemanha continua liderando a produção de energia eólica na Europa, seguida pela Espanha (28 GW), Reino Unido (27 GW), França (19 GW) e Suécia (12 GW).

Infografia 2

Além disso, a Dinamarca e a Irlanda continuam sendo os países com a maior porcentagem de energia eólica em sua matriz energética, atingindo 44% e 31%, respectivamente, de sua produção anual de energia.

Infografia 3

Nesse campo a tecnologia também registrou um novo recorde: em 6 de março de 2021 a Dinamarca cobriu quase 100% de toda a sua demanda de eletricidade com energia eólica. As turbinas de vento do país nórdico geraram 98 GWh naquele dia, o que representa 99% do consumo de energia. Em 2017, foi testado um aerogerador capaz de produzir 216.000 KWh em um único dia, suficiente para cobrir a demanda energética de 22.000 residências durante um ano.

PERSPECTIVAS 2022-2026

A energia eólica será fundamental durante os próximos cinco anos e permitirá que os países europeus avancem no processo de descarbonização da economia e deem continuidade à transição energética. Assim se verifica no relatório de Energia eólica na Europa: perspectivas para 2022-26 Link externo, abra em uma nova aba., elaborado pela WindEurope, que prognostica que os estados-membros da UE precisam cumprir o objetivo de instalar 32 GW de energia eólica a cada ano a fim de atingir a meta de 40% de sua produção proveniente de energia renovável até 2030.

De acordo com o estudo, a capacidade instalada crescerá uma média de 17,6 GW por ano entre 2022 e 2026, graças ao desenvolvimento de projetos de parques eólicos, tanto offshore quanto onshore. Dessa forma, está previsto que, ao concluir tal período, a geração eólica tenha aumentado em 89 GW, até alcançar o valor total de 341 GW de capacidade instalada em todo o continente.

A Alemanha, a Espanha e o Reino Unido continuarão sendo os países com a maior frota de instalações eólicas da Europa. O crescimento sofrerá uma redução na Alemanha enquanto na Espanha e na Suécia aumentará.

Os aerogeradores também serão cada vez mais potentes. Para 2022, se espera que as turbinas onshore ultrapassem os 4 MW, enquanto as dos parques eólicos offshore poderiam situar-se acima dos 8 MW de potência.

UM FUTURO PROMISSOR

Além do referido relatório da WindEurope, existem outros estudos que reforçam a ideia de que a energia eólica vai desempenhar um papel fundamental na necessária transição energética para lidar com os desafios da mudança climática e gerar energia limpa.

Por exemplo, o Instituto Tecnológico de Massachusetts, considerado como uma das melhores incubadoras de ideias do mundo, em colaboração com outras instituições, elaborou um estudo Link externo, abra em uma nova aba. que aponta quais vão ser os pontos-chave das empresas elétricas do futuro Link externo, abra em uma nova aba.: a descarbonização, a luta contra a mudança climática, as novas tecnologias, a digitalização e o avanço das energias renováveis são apenas alguns aspectos. Também foi confirmado pela Universidade de Stanford: um mundo movido 100% por energias renováveis, principalmente eólica e solar, será possível no ano de 2050.

 Parque eólico offshore de Wikinger

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