Edifícios verdes ou sustentáveis

Los edificios 'verdes' marcan el camino hacia un urbanismo más sostenible y eficiente

Sociedade P+D+I Arquitetura

Os edifícios sustentáveis minimizam o consumo energético, assim como o consumo de água, sendo uma peça-chave no âmbito do desenvolvimento urbano sustentável que visa combater as mudanças climáticas. Desde grandes arranha-céus até museus originais, a seguir analisamos algumas das construções verdes que abrem caminho para um urbanismo mais responsável.

Edificios
Os edifícios verdes ou sustentáveis se destacam por sua alta eficiência energética.

Conforme dados da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2050 cerca de 68 % da humanidade morará em cidades. Estas não chegam nem a 3% da superfície do planeta, mas consomem 78% da energia e geram 60% das emissões de gases de efeito estufa. Por isso, a própria ONU aprovou 2016 a Nova Agenda Urbana para assessorar os países em seus processos de urbanização e tornar as cidades lugares mais habitáveis, inclusivos, saudáveis, resilientes e sustentáveis.

A Iberdrola é membro da Associação Madri Capital Mundial de Construção, Engenharia e Arquitetura (MWCC). Esta entidade promove estes setores tanto na capital como em toda a Espanha, consolidando a liderança internacional das empresas espanholas e dando visibilidade a Madrid e à Espanha como o centro de referência mundial no setor de soluções urbanas. 

O que é um edifício verde e sua importância no urbanismo sustentável

Em contraposição às cidades-dormitório que nasceram com a Revolução Industrial e o desenvolvimentismo do século XX, as novas tendências em urbanismo passam pela construção, por exemplo, de ecobairros que consistem em projetos urbanos que pretendem diminuir o impacto no meio ambiente e mudar os hábitos de vida dos habitantes para torná-los mais ecológicos. A construção de edifícios e demais infraestruturas que usam tecnologias e materiais sustentáveis é fundamental neste tipo de iniciativa.

Uma construção verde ou sustentável é um edifício que devido ao seu tipo de construção e equipamento, pode manter ou melhorar a qualidade de vida do meio onde está inserido. Para tal, é fundamental conseguir um alto nível de eficiência, pois ao reduzir o consumo de energia, água e demais recursos se minimiza a poluição. A certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é o reconhecimento oficial, aceito internacionalmente, que estabelece se uma construção merece a consideração de sustentável.

Características dos edifícios verdes

Para avaliar a sustentabilidade dos edifícios a certificação LEED estabelece um sistema de pontos em função de diversos aspectos que estão relacionados ao projeto e à construção e que analisaremos a seguir:

 Localização e transporte

Não construir em lugares ambientalmente sensíveis e dispor de transporte público para reduzir o uso do carro particular.

 Locais sustentáveis

Proteger e manter o habitat natural, reduzir a poluição e o uso de recursos naturais e facilitar a interação com a natureza.

 Uso eficiente da água

Minimizar o uso da água durante a construção e prever mecanismos para reduzir a pegada hídrica do imóvel.

 Energia e atmosfera

Diminuir o consumo energético, usar energias renováveis e aumentar a eficiência energética para reduzir a poluição.

 Materiais e recursos

Incluir sistemas de reciclagem, utilizar materiais sustentáveis e economizar recursos ao máximo durante a construção.

 Qualidade ambiental interior

Satisfazer a qualidade do espaço para seus ocupantes, tais como a limpeza do ar, o controle térmico ou a poluição acústica.

 Inovar no projeto

Implementar estratégias inovadoras no que se refere à sustentabilidade durante sua construção.

 Prioridade regional

Conseguir melhorias para o local onde está situada a construção no que se refere ao meio ambiente, equidade social ou saúde pública.

Dez edifícios sustentáveis que maravilham o mundo

Torre Iberdrola, Bilbau, Espanha

Projetada pelo arquiteto César Pelli, a Torre Iberdrola abriga a sede social do grupo e representa, devido às suas características, o km 0 das energias renováveis. Sua imponente estrutura de vidro de 165 metros de altura é um ícone financeiro e empresarial de Bilbau e uma referência de construção sustentável e eficiência energética, pois conta com um anel de recuperação de energia que reduz a pegada de carbono.

O edifício foi concebido como propulsor para a criação de valor dos colaboradores da companhia, seu entorno e clientes. A distribuição interna da sede potencializa o trabalho em equipe, a transferência de conhecimento e a aprendizagem organizacional em um espaço adequado, que respeita o meio ambiente e favorece a eficiência operacional.
 

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Biblioteca pública de Beitou, Taipei, Taiwan

Beotou
Biblioteca pública de Beitou, Taipei, Taiwan.

A primeira biblioteca verde de Taiwan fica no Parque Beitou de Taipei. É uma construção de dois andares concebida para reduzir o consumo de água e eletricidade graças a suas grandes janelas. A cobertura está parcialmente revestida com células fotovoltaicas para produzir energia e coletar água da chuva para seu uso em vasos sanitários.

Academia das Ciências da Califórnia, São Francisco, EUA

California
Academia das Ciências da Califórnia, São Francisco, EUA.

Este instituto de pesquisa e museu de história natural foi totalmente reconstruído em 2008, de acordo com um projeto de Renzo Piano. O novo edifício recicla água da chuva, utiliza placas fotovoltaicas, aproveita ao máximo a iluminação natural e sua cobertura verde possui um hectare com milhões de plantas nativas da Califórnia.

World Trade Center, Manama, Bahrain

Manama
World Trade Center, Manama, Bahrain

Este complexo composto por duas torres gêmeas de 240 metros de altura está localizado na cidade de Manama, capital de Bahrein, sendo o primeiro arranha-céu do mundo que integra turbinas eólicas em seu projeto, as quais satisfazem 15 % do consumo enérgico das torres. Ambos os edifícios, com forma de vela para orientar o vento, estão unidas por três pontes e cada uma possui uma turbina de 29 metros de diâmetro.

Pixel Building, Melbourne, Australia

Melbourne
Pixel Building, Melbourne, Australia.

O primeiro edifício de escritórios com pegada neutra de carbono da Austrália. Surgido como um protótipo de escritórios do futuro, possui uma cobertura verde com painéis solares para gerar sua própria energia e armazenar toda a água necessária. A sua curiosa fachada multicolorida permite aproveitar a ventilação e a iluminação natural para minimizar o consumo de energia.

Museu do Amanhã, Rio de Janeiro, Brasil

Río
Museu do Amanhã, Rio de Janeiro, Brasil.

Este museu de ciências, projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava e construído junto ao cais do Pier Mauá foi inaugurado em 2015. Entre as soluções de sustentabilidade possui painéis solares móveis, sistemas para a reutilização da água da chuva e sistema de ar condicionado que utiliza água encanada da Baía de Guanabara.

Turning Torso, Malmö, Suecia

Malmö
Turning Torso, Malmö, Suecia.

Outro projeto de Santiago Calatrava, este inspirado em um torso humano em movimento. Está localizado no lado sueco do estreito de Öresund e com seus 190 metros é o arranha-céu mais alto da Escandinávia. É abastecido com energia renovável, cada apartamento gerencia seu consumo de aquecimento e água e as cozinhas reciclam os resíduos orgânicos para produzir biogás.

Parkroyal Collection, Singapur, Singapur

Singapur
Parkroyal Collection, Singapur, Singapur.

Situado no centro de Cingapura, este hotel de luxo possui 15.000 m2 de varandas ajardinadas, chamadas sky gardens, para deleite de seus visitantes. Os jardins foram projetados para serem autossuficientes e consumirem o mínimo de energia através do uso de células solares, sensores de movimento e captação de água da chuva para sua posterior reciclagem.

Torre de Xangai, Xangai, China

Shanghái
Torre de Xangai, Xangai, China.

Custa acreditar que o segundo edifício mais alto do mundo, um arranha-céu de 632 metros de altura no distrito financeiro de Pudong, seja uma construção sustentável. No entanto, foi projetado para coletar água da chuva e reciclar parte de suas águas residuais para uso interno. O projeto da fachada permite minimizar as rajadas de vento, o que reduziu a quantidade de material necessário para sua construção.

Torre Reforma, Cidade do México, México

Ciudad de México
Torre Reforma, Cidade do México, México.

Este edifício, situado no Paseo de la Reforma da capital mexicana, é o terceiro arranha-céu mais alto do país com 246 metros de altura. Utiliza energia solar e eólica, e a água, além de ser reciclada, é usada para gerar eletricidade. O sistema de ar condicionado é controlado por inteligência artificial através de sensores espalhados pelo edifício que otimizam o uso de energia.