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Entrevista com Laurenz Kamps, Offshore Wind Engineering da Iberdrola Deutschland

“Procuro ser curioso e otimista, mesmo quando as coisas não saem como planejado”

Emprego Eólica offshore Alemanha

 

Dezembro de 2025.    Tempo de leitura: 3 minutos

Construir um parque eólico não é uma tarefa fácil. É necessário contar com uma equipe grande, focada e motivada para cumprir todas as etapas necessárias para que ele saia do papel e entre em operação.

Laurenz Kamps, Permitting and Engineering Manager
Laurenz Kamps, Permitting and Engineering Manager da Iberdrola Deutschland.

A paixão por aprender e o otimismo como pilares para encarar um desafio profissional são fundamentais para enfrentar desafios como a coordenação dos aspectos juridicos e ambientais de grandes projetos eólicos. Laurenz Kamps, Permitting and Engineering Manager da Iberdrola Deutschland, conta como é seu trabalho e de que maneira consegue se adaptar em um ambiente tão dinâmico e complexo.

O que faz um Permitting and Engineering Manager?

Faço parte da equipe de desenvolvimento de licenciamentos, atuando principalmente na interlocução com as autoridades alemãs. Meu trabalho é garantir que nossos projetos de energia eólica offshore cumpram todos os requisitos legais e ambientais. Isso significa compilar documentos, acompanhar prazos e garnatir que as equipes internas e os contratados saibam o que precisam entregar. É um processo que envolve muitas idas e vindas, especialmente quando há mudanças a serem feitas.

Há quanto tempo você trabalha na Iberdrola?

Estou na Iberdrola há quase dois anos, desde que entrei na empresa em 1º de dezembro de 2023.

O que atraiu você para a Iberdrola e o que você mais gosta na empresa?

O que inicialmente me atraiu na Iberdrola foi o fato de ser uma das maiores empresas do mundo em energia renovável. A companhia investe em uma ampla gama de setores, incluindo energia eólica onshore e offshore, solar, hidrelétrica, redes e armazenamento em baterias. O que mais valorizo, principalmente na minha função, é a oportunidade de viajar ocasionalmente e contribuir para megaprojetos de grande relevância, como os parques eólicos Baltic Eagle ou Windanker, no Mar Báltico alemão.

O que fez você escolher o setor de energia eólica offshore?

Sou formado em engenharia elétrica e anteriormente trabalhei com o desenvolvimento de hardware: placas de circuito, programação e tudo isso. O setor de energia eólica offshore era algo novo para mim, mas eu estava motivado para aprender. Adoro entender como as coisas funcionam, e essa função me proporciona uma visão ampla de toda a indústria, desde aspectos legais e técnicos até temas ambientais e de saúde e segurança. É uma curva de aprendizado intensa, mas é isso o que torna o trabalho empolgante.

Que conselho você daria a alguém que acaba de entrar no setor de eólica offshore?

Seja curioso e não tenha medo de fazer muitas perguntas aos seus colegas. A energia eólica offshore é um campo complexo que envolve embarcações especializadas, logística desafiadora e números surpreendentes, como o peso dos componentes. Quando um empreendimento entra na fase de operação e manutenção, você fica orgulhoso de ter contribuído para um megaprojeto que desempenha um papel fundamental na transição energética global.

Há alguma conquista da qual você se orgulha?

Liderar a licitação para o plano de implementação de sinalização de nossos parques eólicos offshore foi uma grande conquista. O resultado foi um documento de mais de 100 páginas detalhando como o parque eólico deve ser sinalizado — tanto visualmente quanto eletronicamente — para que as embarcações e as aeronaves possam circular com segurança. O processo envolveu a coordenação com diversas partes interessadas e a certificação de terceiros. Sem o certificado K-P-U, não teríamos conseguido iniciar a construção.

Como você gerencia toda essa complexidade?

Criei uma planilha de controle no Excel com quase 300 linhas, listando todas as condições de licenciamento ao longo de dez capítulos. Também reservo tempos de concentração na minha agenda, sinalizo e-mails e, às vezes, simplesmente pego o telefone para resolver as questões rapidamente. Já experimentei outras ferramentas, mas essa estrutura é a que funciona melhor para mim.

Qual é a importância da equipe da Iberdrola no seu trabalho diário?

O alinhamento da equipe é fundamental no meu trabalho diário. Eu coordeno regularmente a comunicação entre as autoridades alemãs e os diferentes departamentos dos nossos projetos offshore — como, por exemplo, as equipes de turbinas, fundações e cabos de interconexão — para garantir uma comunicação fluida e um avanço das atividades. O trabalho em equipe é crucial para o sucesso de um projeto tão complexo. A equipe da Iberdrola é muito diversa, altamente qualificada e aberta a novas ideias, o que cria um ambiente de trabalho colaborativo e inspirador.

Como a Iberdrola contribuiu para o seu desenvolvimento profissional?

A Iberdrola me proporcionou uma visão valiosa da indústria eólica offshore na Alemanha. Trata-se de um processo de aprendizado contínuo, especialmente porque o mercado segue em evolução. Trabalhar em projetos complexos como Baltic Eagle e Windanker me ensinou a coordenar a interlocução com as autoridades e a equilibrar a comunicação entre as diversas partes interessadas. Aprendi a gerenciar prazos com eficiência e a manter uma visão clara de todo o escopo do projeto. Um aspecto que valorizo muito é o fato do inglês ser o idioma do projeto, o que me permite aprimorar continuamente minhas habilidades linguísticas no ambiente de trabalho.

Você tem uma filosofia de vida?

Procuro aproveitar as pequenas coisas. Se estiver chovendo em um festival, você pode ficar sentado na sua barraca reclamando ou começar a dançar na lama. Eu adoto essa mesma postura na minha vida profissional: quando algo dá errado, mantenho a calma e busco as oportunidades daquela situação. Essa mentalidade me ajuda a manter os pés no chão, mesmo quando os prazos estão apertados.