Usina hidrelétrica José María de Oriol (Alcântara II)

Usina hidrelétrica José María de Oriol: fundamental para a produção renovável na Extremadura

Energia hidrelétrica Instalações operacionais

A usina José María de Oriol, com mais de 50 anos de história, é uma instalação hidrelétrica localizada no município de Alcântara, em Cáceres. Com uma capacidade total instalada de mais de 900 MW, a central é uma das peças fundamentais na produção de energia renovável da Iberdrola na Extremadura, no sudoeste da Espanha.

José María de Oriol
Instalaçao operacional

Usina hidrelétrica José María de Oriol

Ubicación
Localização Alcántara (Cáceres)
Capacidad instalada
Capacidade total instalada 957 MW
Producción
Produção de energia 1.255 GWh por ano
Entrada en operación
Inicio de operação 1969

A usina hidrelétrica José María de Oriol, popularmente conhecida como usina de Alcântara devido a sua proximidade com o município do mesmo nome, está localizada no curso do rio Tejo ao atravessar a província de Cáceres. Essa instalação é uma das peças fundamentais na produção de energia renovável da Iberdrola na Extremadura, com uma capacidade instalada de 957 MW, mais do que qualquer outra instalação da companhia na região.

O Alcântara II chegou a ser o maior reservatório entre os já construídos na Espanha e o segundo maior da Europa até 1990, com seus 3.162 hectômetros cúbicos e um comprimento de 91 quilômetros. Sua barragem de gravidade aliviada e seu duplo contraforte, composto de 19 elementos triangulares separados, reúne as águas confluentes do Tejo, do Alagón e do Tiétar (os dois últimos são afluentes do primeiro). 

A barragem José María de Oriol possui dois vertedouros (estruturas hidráulicas para descarregar grandes vazões de cheias) e dois vertedouros de fundo. Os vertedouros de superfície contam com uma capacidade combinada de 12.000 metros cúbicos por segundo e os vertedouros de fundo têm uma capacidade total de 600 metros cúbicos por segundo. A crista da barragem está a 223 metros acima do nível do mar e tem 7 metros de largura e 570 metros de comprimento.

A usina hidrelétrica, que possui quatro grupos geradores, está localizada ao pé da barragem na margem esquerda, dentro do leito do rio e adjacente à bacia do vertedouro central.

História da usina José María Oriol

Em 1970, a pedido da Prefeitura, a barragem recebeu o nome do então presidente da empresa Hidroeléctrica Española (antecessora da Iberdrola), José María de Oriol. 

Para a sua instalação, entre as qualidades técnicas, foram levadas em conta razões como a localização da ponte de Alcântara. Os especialistas técnicos ficaram impressionados com a habilidade dos engenheiros romanos na construção desta joia da região, localizada a cerca de 800 metros da represa José María de Oriol e considerada a obra romana mais perfeita desse tipo na Europa. Além disso, as turbinas foram transportadas da França para Alcântara através de um caminho traçado por meio de pontes romanas, incluindo a ponte de Alcântara.

Não se tratava apenas de mover grandes peças de infraestrutura. As dimensões do projeto exigiam uma grande força de trabalho, que foi contratada em Alcântara, mas também na região e em muitas outras partes da Espanha. Também participaram da construção técnicos de vários países, e estima-se que no pico de emprego chegaram a trabalhar 3.500 pessoas e um total de 5.000.

O município de Cáceres teve um importante crescimento que mudou a vida da região. Em apenas alguns anos, a população aumentou consideravelmente e o desenvolvimento demográfico foi acompanhado pelo desenvolvimento econômico. 

A Iberdrola adquiriu o Convento de São Benito de Alcântara em 1961 para restaurá-lo e estabelecer ali a residência dos engenheiros que trabalhavam na barragem. O edifício ainda é de propriedade da Iberdrola, que em 1985 criou a Fundação São Benito de Alcântara no edifício. O objetivo da fundação é o estudo e a pesquisa histórica e cultural, vinculada principalmente com o turismo e o desenvolvimento social da Extremadura. A fundação também é formada pela Ordem de Alcântara, a Prefeitura do município, o Conselho Provincial de Cáceres e as Câmaras de Comércio e Indústria de Cáceres e Badajoz.

A recuperação da ponte de Alcántara

A ponte de Alcântara foi reabilitada em numerosas ocasiões. Entretanto, as fundações da infraestrutura sempre foram deixadas de fora de qualquer inspeção ou tratamento porque o rio, em águas baixas, não permitia que fossem analisadas.
 
A construção da represa de Alcântara teve um efeito colateral prático. A partir desse momento era possível deixar o leito do rio seco nas proximidades da ponte a fim de analisar as fundações e agir sobre elas, se fosse necessário.

Em 1969, vários estudos com mergulhadores revelaram certos problemas na base da ponte, e a nova possibilidade oferecida pela barragem confirmou isso. Quando foi permitido secar o leito do rio, foi observado um grande buraco na fundação da sustentação lado direito, que permanece sempre debaixo d'água.
 
Embora as sustentações estejam bem fixadasna rocha, a passagem do rio Tejo ao longo de sua história havia erodido uma de suas bases. É difícil adivinhar qual teria sido o futuro da ponte se ela não tivesse sido totalmente restaurada, mas se existe uma certeza é que a construção da represa de Alcântara contribuiu para preservar uma grande obra histórica.

Iberdrola, líder mundial em energias renováveis

Na Iberdrola, decidimos apostar nas energias renováveis há mais de duas décadas como um pilar fundamental sobre o qual construir nosso modelo de negócios seguro, limpo e competitivo. Graças a essa visão, hoje somos líderes mundiais em energias renováveis, alcançando 42.187 MW de energias renováveis em operação até o final de 2023.

Esse compromisso está refletido em nosso Plano Estratégico, no qual destinaremos 15,5 bilhões de euros brutos para energias renováveis. Desse total, mais da metade terá como foco a energia eólica offshore nos EUA, no Reino Unido, na França e na Alemanha, sendo que 28% será designado à energia eólica onshore e 18%, à energia solar.