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Impacto ambiental das usinas hidrelétricas

O impacto ambiental das usinas hidrelétricas: quais medidas adotamos para proteger o entorno de nossas instalações

Na Iberdrola, trabalhamos para mitigar o impacto ambiental das nossas instalações hidrelétricas. Conheça algumas das medidas e práticas que implementamos em nossos projetos para proteger e preservar os ecossistemas aquáticos e terrestres ao redor das barragens.

Represa de Aldeadávila em Salamanca.

As usinas hidrelétricas são instalações que utilizam energia hidráulica para gerar eletricidade. Representam uma fonte de energia renovável que, geralmente, exige a presença de uma barragem que armazena água em um reservatório, disponível para ser turbinada e gerar energia elétrica.

As usinas, barragens e reservatórios são essenciais tanto para a geração de energia renovável quanto para o armazenamento de água para consumo, irrigação ou como reserva energética. São elementos fundamentais para a gestão da água, especialmente em períodos de seca ou para enfrentar eventos extremos (como as enchentes), que estão se tornando mais frequentes e intensos devido às mudanças climáticas.

No entanto, sua construção pode causar impactos ambientais no entorno, que devem ser considerados em todas as fases dos projetos, o que condiciona, em alguns casos, a forma como as instalações são projetadas para minimizar seus efeitos prejudiciais sobre o meio ambiente.     

Como avaliamos o impacto ambiental de uma instalação?  

O impacto ambiental de um projeto hidrelétrico é avaliado desde a fase inicial de seu desenvolvimento, sendo uma parte essencial do processo. A ferramenta estabelecida na legislação ambiental para avaliar o impacto de novas instalações é conhecido como Estudo de Impacto Ambiental (ou seu equivalente em outros países), um documento que identifica, descreve, quantifica e avalia os possíveis impactos que um projeto pode causar sobre o meio ambiente, tanto em sua fase de construção quanto durante sua operação.

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) tem como primeiro objetivo o de identificar o projeto e seu alcance, realizando um inventário preliminar para avaliar o estado atual do meio ambiente na área de influência do projeto.

Em seguida, o estudo analisa como o projeto pode impactar o meio ambiente, considerando tanto os efeitos positivos quanto negativos. Nesta etapa, é comum avaliar diversas alternativas de construção para os componentes do projeto, analisando cada uma delas e descartando aquelas que possam ser mais prejudiciais ao meio ambiente.

No EIA, também são propostas medidas preventivas, corretivas e mitigadoras para os possíveis impactos do projeto com o objetivo de minimizar os danos ambientais e garantir a proteção do meio ambiente, algo que está em conformidade com a legislação vigente e que promove a sustentabilidade, além de contribuir para o desenvolvimento equilibrado da região afetada.

O Estudo de Impacto Ambiental é submetido à autoridade ambiental competente, que o revisa e o coloca em consulta pública com o intuito de coletar opiniões e sugestões da comunidade e das partes interessadas.

Após o período de consultas, a autoridade ambiental avalia a viabilidade ambiental do projeto e conclui o processo de análise ambiental, normalmente emitindo uma autorização favorável. No documento emitido são definidos os requisitos ambientais obrigatórios a serem cumpridos pelo empreendedor, tanto nas fases preliminar, quanto na de construção e operação.

Medidas de mitigação para proteger o meio ambiente

O possível impacto ambiental de um projeto é um aspecto fundamental no processo de planejamento das instalações. No entanto, há impactos que não podem ser evitados ou sequer minimizados. Por exemplo, na construção de uma nova barragem, haverá uma alteração no rio, já que antes do projeto o curso flui de forma livre e, depois, dá lugar a um reservatório. Esse impacto não pode ser eliminado.

Nesses casos, tanto no Estudo de Impacto Ambiental quanto na autorização ambiental do projeto, são estabelecidas medidas de mitigação para compensar ou reduzir, na medida do possível, a magnitude dos impactos que não podem ser completamente evitados. A seguir, apresentamos as medidas de mitigação implementadas em dois dos grandes projetos hidrelétricos que a Iberdrola realizou nos últimos anos.    

O complexo hidrelétrico do Tâmega

O Sistema Eletroprodutor do Tâmega, localizado ao norte de Portugal, conta com três usinas hidrelétricas, uma delas do tipo reversível, com suas três barragens associadas. As duas primeiras usinas (Gouvães e Daivões) geram energia desde 2022, enquanto a última delas (Alto Tâmega) entrou em operação no final de 2024. 

Durante o processo de licenciamento ambiental, foi elaborado o correspondente Estudo de Impacto Ambiental, no qual foram considerados os possíveis impactos ambientais e sociais, estabelecendo condicionantes e medidas preventivas, corretivas e de mitigação específicas.

Barragem do Alto Tâmega, durante sua construção.

Com base nesses condicionantes, foram estabelecidas, em coordenação com a administração ambiental portuguesa e levando em consideração as comunidades locais, 28 medidas compensatórias ou de mitigação. Essas ações foram iniciadas durante a fase de construção do projeto e seus resultados continuam sendo monitorados e mantidos até os dias de hoje.

As medidas implementadas estão principalmente relacionadas à melhoria do habitat, com foco na otimização da estrutura da vegetação, no aumento da diversidade e produtividade das plantas para promover a disponibilidade de alimentos, abrigos e nichos para aves, répteis e mamíferos.

Reflorestamento e recuperação de áreas

Foram realizadas ações de manutenção florestal, plantio de sobreiros e outras espécies nativas, além da criação de novas áreas com flora protegida.
 


Novos habitats criados.

Proteção de espécies de fauna

Foram implementadas ações para preservar as populações de toupeiras-de-água, recuperar ecossistemas aquáticos e lagoas, transplantar exemplares de flora e construir estruturas naturais que servem como micro-habitats para espécies de herpetofauna e invertebrados.
 


Preservação das populações de toupeiras-de-água.

Apoio aos municípios

Além das ações ambientais, foram planejadas e executadas diversas iniciativas sociais dentro de um plano socioeconômico com sete prefeituras da região. Entre essas medidas, destacam-se a construção de instalações sociais, como museus, acampamentos, estações rodoviárias, espaços multifuncionais, moradias, creches e escolas, parquinhos, praias fluviais, centros de lazer, habitação social, ecovias, além da melhoria em instalações esportivas e serviços comunitários.
 


Campo de futebol em Cabeceiras de Basto.

Centro de Interpretação e Sensibilização Ambiental

Este centro consiste na criação de uma exposição de caráter educativo e de conscientização ambiental, com foco no mexilhão-de-rio (Margaritifera margaritifera). Para isso, foram utilizados exemplares resgatados dos rios Terva e Tâmega, mantidos em cativeiro no Parque de Natureza e Biodiversidade de Boticas. A exposição tem caráter permanente neste parque, e o material de comunicação produzido para a mesma também é utilizado em outras atividades de educação ambiental realizadas pela Iberdrola nos municípios da área do projeto. O centro de educação e conscientização ambiental inclui ainda conteúdos sobre outras espécies importantes da região, como a toupeira-de-água e a borboleta azul, entre outras.

 


Centro de Interpretação e Sensibilização Ambiental no Parque de Natureza e Biodiversidade de Boticas.

 

Compromisso com a conservação da biodiversidade

A Iberdrola também está comprometida com a biodiversidade e a natureza, participando ativamente do cuidado com o meio ambiente e promovendo a melhoria da estrutura social nas localidades onde está presente. Conheça mais sobre o nosso compromisso com a biodiversidade.