Gigabateria do Tâmega

Tâmega: um dos maiores projetos hidrelétricos realizados na Europa nos últimos 25 anos

Energia hidrelétrica Armazenamento energético Portugal Instalações operacionais

A Iberdrola soma ao complexo hidrelétrico do Tâmega — um dos maiores armazenamentos de energia da Europa, situado no norte de Portugal — dois parques eólicos que o convertem em uma das maiores iniciativas energéticas da história do país luso. A gigabateria, que recebeu um investimento superior a 1,5 bilhão de euros, significará a construção de três barragens e três usinas (Gouvães, Daivões e Alto Tâmega) com uma capacidade conjunta de 1.158 MW. Os dois parques eólicos chegarão a 300 MW.

Tamega
Projeto em andamento

Gigabateria do Tâmega

Ubicación
Localização Rio Tâmega (norte de Portugal)
Capacidad instalada
Capacidade total instalada 1.158 MW
Inversión
Investimento +1,5 bilhão de euros
Puesta en marcha
Inicio de operação Entre 2022 e 2024

O projeto hidrelétrico Támega Link externo, abra em uma nova aba. envolve a construção de três novas usinas: Gouvães, Daivões e Alto Tâmega, que serão instaladas no Rio Tâmega, um afluente do Douro que fica na região norte de Portugal, perto do Porto. As três usinas terão, juntas, capacidade instalada de 1.158 MW, o que representará um aumento de 6 % da potência elétrica total instalada no país.

O complexo será capaz de produzir 1.766 GWh por ano, suficiente para suprir as necessidades energéticas dos municípios vizinhos e das cidades de Braga e Guimarães (440.000 residências). Além disso, esta grande infraestrutura renovável terá uma capacidade de armazenamento de 40 milhões de kWh, equivalente à energia consumida por 11 milhões de pessoas durante 24 horas em suas casas.

Tâmega vai acabar com a emissão de 1,2 bilhão de toneladas de CO2 por ano e diversificar as fontes de produção, evitando a importação de mais de 160 mil toneladas de petróleo por ano. Além disso, fomentará a atividade econômica e o emprego na região, já que durante toda a fase de construção está prevista a criação de 3.500 empregos diretos e 10.000 indiretos — 20 % dos quais vem dos municípios vizinhos — por meio de mais de 100 provedores, 75 deles portugueses. Na fase de operação, serão contratadas várias centenas de pessoas.

O projeto, que envolverá investimentos de mais de 1,5 bilhão de euros, conta com o financiamento do Banco Europeu de Investimentos (BEI). Em julho de 2018, a entidade entregou à Iberdrola 500 milhões de euros, correspondentes ao total dos 650 aprovados para o financiamento desse desenvolvimento.

Na Declaração de Impacto Ambiental (DIA) do projeto há diversas medidas de compensação de sistemas ecológicos tais como: reflorestamento de mais de 1.000 hectares, plantação de 17.000 sobreiros ou ações para melhorar as populações da fauna protegida existente no ambiente local.

Gouvães e Daivões começaram a operar em 2021 e o Alto Tâmega estará em operação em 2024.

Uma usina híbrida

Soma-se a isso a futura construção de dois parques eólicos ligados à gigabateria, que converterão o complexo em uma usina de geração híbrida e cuja potência final se estima que chegará a 300 MW, sendo, portanto, um dos maiores projetos eólicos de Portugal.

Também serão as primeiras instalações desse tipo com conexão à rede a serem construídas na área circundante das três usinas (Gouvães, Daivões e Alto Tâmega) que formarão o complexo Tâmega.

Esta circunstância permitirá aos usuários consumir energia nos períodos de maior consumo a través da produção eólica e quando não houver demanda na rede, o sistema de bombeamento será alimentado, o que contribuirá para melhorar a eficiência do sistema elétrico.

A companhia poderá gerenciar a oferta e a demanda entre as energias hidrelétrica e eólica em função da disponibilidade de ambos os recursos, mas também de acordo com a dinâmica dos preços do mercado elétrico.

Progresso das obras de construção

As usinas de Daivões (usina convencional) e Gouvães (usina de armazenamento por bombeamento) estão atualmente em operação, enquanto a construção da barragem e da usina hidrelétrica do Alto Tâmega deverá estar em operação na primavera de 2024.

A criação da barragem de Daivões envolveu, em termos de reposição, a construção de uma ponte de 200 m de comprimento e 35 m de altura, mais de 5 km de linhas elétricas, mais de 7 km de estradas, assim como duas estações de tratamento de águas residuais.

Esta barragem de Daivões é o depósito inferior da Usina Hidrelétrica de Bombeamento de Gouvães (880 MW). Em janeiro de 2022, a Iberdrola colocou em funcionamento o primeiro grupo energético da usina hidrelétrica – uma turbina com 220 MW de capacidade – e começou a fornecer eletricidade limpa à rede a partir da gigabateria do Tâmega.

A construção das três novas barragens e usinas hidrelétricas, inclusive uma de bombeamento, continua a bom ritmo e já foram concluídos dois terços da obra, cumprindo o cronograma estabelecido.

Esta usina é reversível, ou seja, permite que a água do reservatório de Daivões seja armazenada no reservatório de Gouvães, aproveitando a diferença de elevação de mais de 650 metros entre os dois. Desta forma, a energia pode ser bombeada quando há excesso de produção e recuperada quando necessário. Sua capacidade de armazenamento permite o fornecimento contínuo de eletricidade para a área metropolitana do Porto por 24 horas.

O primeiro enchimento da barragem de Daivões — cuja usina associada tem uma capacidade de 118 MW graças à instalação de três grupos — terminou em março de 2021. Com este processo, foi finalizado um grande trabalho de projeto e execução de uma barragem de concreto de tipologia "arco-gravidade" de 77,5 m de altura e 265 m de comprimento de coroamento, onde foram utilizados 240.000 m³ de concreto. A barragem terá uma superfície de 340 hectares e um volume de 56,2 hm³.

A usina será reversível, ou seja, tornará possível o armazenamento de água da barragem de Daivões na de Gouvães, aproveitando os mais de 650 metros de diferença de cota entre as duas. Dessa forma, será possível bombear a energia quando houver excesso de produção e recuperá-la quando for necessário. Sua capacidade de armazenamento permitirá o fornecimento contínuo de eletricidade para a área metropolitana do Porto durante 24 horas.

A pedreira de Gouvães está em exploração e produz agregados para serem utilizados exclusivamente no concreto do Complexo Hidrelétrico do Tâmega, entre eles, os necessários para a construção da última barragem do Alto Tâmega. Esta pedreira já superou a produção de mais de 2 milhões de toneladas de agregados nesta pedreira, o equivalente ao peso de 5.000 Boeings 747 devidamente equipados e com passageiros.

Ignacio Galán, presidente do grupo Iberdrola

Continuaremos a impulsionar a transição energética neste país e, com isso, a criação de riqueza, emprego e bem-estar para todos os portugueses

A tecnologia de bombagem, o armazenamento mais eficiente

A gigabateria do Tâmega fornecerá quase 900 MW de capacidade de bombagem para o sistema elétrico português, o que implicará um aumento de 30 % em relação aos megawatts de bombagem que o país possui atualmente.

Iberdrola é líder em armazenamento de energia tem potência instalada de 4.000 MW por meio de uma tecnologia de bombeamento, que é atualmente o método de armazenamento energético mais eficiente, uma vez que não gera nenhum tipo de emissão poluente para a atmosfera e apresenta um desempenho muito superior em relação ao das melhores baterias do mercado. A companhia prevê atingir os 90 milhões de quilowatt hora (kWh) em capacidade de armazenamento até 2022, um aumento de quase 30 % face a 2018: +20 milhões de kWh, equivalentes a 400.000 baterias de carros elétricos ou a 1,4 milhões de baterias para uso residencial.

Usinas hidrelétricas como a do Tâmega representam uma proteção para o sistema elétrico. A maior instalação com essas características na Europa é o complexo de Cortes-La Muela, em Valência.

 Complexo hidrelétrico de Cortes-La Muela (Valência).

 

Complexo hidrelétrico de Cortes-La Muela (Valência). Locución del vídeo (versão em espanhol) [PDF]

Plano de ação sociocultural e ambiental

  • O Plano, desenvolvido no contexto do projeto Tâmega e assinado por diferentes Prefeituras envolvidas, envolve um valor recorde de mais de 50 milhões de euros para o desenvolvimento econômico, social e cultural da região do Alto Tâmega.

    O objetivo do programa é contribuir para o desenvolvimento da região e melhorar as condições de vida da população — está previsto que durante a execução do complexo sejam criados 3.500 empregos diretos e 10.000 indiretos —, assim como preservar, do ponto de vista ambiental, o entorno do projeto. As ações planejadas serão realizadas nos municípios de Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar, Cabeceiras de Basto, Boticas, Chaves, Valpaços e Montalegre.

    Um exemplo disso é a região de Boticas, onde a Iberdrola participou do desenvolvimento do Boticas Parque - Natureza e Biodiversidade, com a construção de alojamentos para visitantes e a promoção de ações de compensação para a flora e fauna da região.

    Parque Boticas, Naturaleza y Biodiversidad.
    Parque Boticas, Naturaleza y Biodiversidad.

    A empresa vai realizar este tipo de ação de compensação da flora e fauna locais tanto em Boticas quanto em Cabeceiras de Basto, Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar e Chaves, com as assinaturas dos respectivos protocolos de colaboração. Entre as ações previstas, destacam-se: a gestão, recuperação e conservação de populações florestais de espécies nativas, a recuperação de florestas de ribeira, além de melhorar a conectividade dos cursos fluviais, a plantação de sobreiros e os ecossistemas aquáticos.

    Além desses projetos, a Iberdrola financia outras atividades como a melhoria das redes de saneamento e abastecimento público, a otimização de instalações esportivas, o reforço das equipes de bombeiros, as novas áreas recreativas etc. A empresa também cofinanciou a construção de novas e emblemáticas instalações na região, tais como o Alvão Village de Camping, o Centro Hípico de Pedras Salgadas ou o Balneário Pedagógico de Vidago.

    Com esse tipo de iniciativa, a Iberdrola consolida seu compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade social.

  • Como parte da construção do grande Complexo Hidrelétrico do Tâmega, a Iberdrola também promoveu uma visita à jazida mineira de ouro romano de Tresminas, projeto que se enquadra nas ações de compensação realizadas pela empresa de acordo com o estabelecido na Declaração de Impacto Ambiental.

    Com investimentos de 1,84 milhão de euros no Complexo mineiro de Tresminas, a Iberdrola demonstra seu compromisso com o desenvolvimento econômico, social, cultural e ambiental das comunidades onde está presente. A empresa colabora também com a Prefeitura de Vila Pouca de Aguiar e a Direção Regional de Cultura do Norte de Portugal, na valorização histórica, patrimonial e arqueológica da região. O investimento foi iniciado em 2016 e tem duração prevista até 2023.

    A empresa destinou, entre 2016 e final de 2018, cerca de 850.000 euros que, ao longo deste ano, vão ser investidos em ações como:

    • O financiamento da equipe técnica.
    • A continuação dos estudos históricos, geológicos e de fauna e flora de Tresminas.
    • A aquisição de equipamento para limpeza, desobstrução e/ou visitas às minas.
    • A construção do edifício de apoio e estruturas e equipamentos de apoio para a circulação nas minas.

    TRESMINAS, UMA DAS MAIORES EXPLORAÇÕES DE OURO

    O Complexo Mineiro Romano de Tresminas foi, durante a época romana, uma das maiores explorações de ouro em jazida primária do conventus bracaraugustanus e um dos mais significativos do noroeste peninsular: estima-se que, entre os séculos I e III d.C., foram aproveitadas em Tresminas cerca de 25 toneladas de ouro puro, o que contribuiu para retirada de milhões de toneladas de rocha a partir da escavação de minas a céu aberto.

    A Iberdrola se compromete, com esta iniciativa, para preservar o patrimônio local e nacional da região de Tresminas, assim como para divulgar a importância arqueológica e histórica desse complexo mineiro e impulsionar o turismo na região.

    O investimento realizado pela empresa permite a execução de uma série de ações que beneficiam o Complexo Mineiro de Tresminas, possibilitando sua futura declaração como Parque Arqueológico, o que preservará a paisagem da região e os materiais associados à exploração mineira romana.

    Tresminas faz parte de um dos pilares estratégicos em termos de turismo cultural do Município de Vila Pouca de Aguiar. Os esforços realizados — tanto em âmbito local quanto regional — durante os últimos meses, após a valorização patrimonial e turística de Tresminas, já resultaram em um aumento no número de visitantes à região.

    ALTO TÂMEGA, CANDIDATO A PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE

    De fato, esses resultados foram apoiados pela atividade em parceria transfronteiriça com a Las Médulas, que desde 1997 é Patrimônio Mundial da UNESCO e uma das mais importantes e reconhecidas minas romanas da região de El Bierzo, na Espanha. A candidatura é feita de forma conjunta, em um projeto cultural comum, que tem como objetivo valorizar o legado mineiro romano na Península Ibérica. No ano de 2017, o protocolo de cooperação entre o Município de Vila Pouca de Aguiar e a Fundação Las Médulas foi apoiado por entidades como a Direção Regional de Cultura do Norte e a Direção Geral do Patrimônio Cultural da Junta de Castela e Leão. A aliança visa fortalecer ainda mais a candidatura dessa região de Portugal como Patrimônio da Humanidade da UNESCO.

Iberdrola, líder mundial em energias renováveis

Na Iberdrola, decidimos apostar nas energias renováveis há mais de duas décadas como um pilar fundamental sobre o qual construir nosso modelo de negócios seguro, limpo e competitivo. Graças a essa visão, hoje somos líderes mundiais em energias renováveis, alcançando 42.387 MW de energias renováveis em operação após o primeiro trimestre de 2024.

Esse compromisso está refletido em nosso Plano Estratégico, no qual destinaremos 15,5 bilhões de euros brutos para energias renováveis. Desse total, mais da metade terá como foco a energia eólica offshore nos EUA, no Reino Unido, na França e na Alemanha, sendo que 28% será designado à energia eólica onshore e 18%, à energia solar.